Alternativas de Notação Musical em Peças para Voz Não Acompanhada
Resumo
O presente trabalho se propõe a apresentar alternativas de notação musical para a voz não acompanhada, através da observação de três obras que constituem-se referência para a formação, datadas da década de sessenta, sendo: Stripsody de Cathy Berberian, Sequenza III de Luciana Berio, Aria de John Cage. Pode-se observar em obras para essa formação menor ocorrência do uso de técnicas vocais tradicionais, inserção de símbolos fonéticos, técnicas expandidas, e articulações vocais não representadas foneticamente (riso, choro, gritos), entre outros - o que torna necessária a representação em partitura dessas novas possibilidades sonoras. Sem o intuito de sugerir uma padronização da escrita para voz, este artigo visa apontar as principais tendências de notação para a formação através de soluções distintas empregadas pelos três compositores para representar essas sonoridades e organizar seu discurso musical.