A luta do Centro Musical do Rio de Janeiro pela melhoria das condições de trabalho do músico de cinema em 1911
Resumo
A primeira exibição de cinema no Rio de Janeiro ocorreu em 1896. Com ela, posteriormente, veio a necessidade da música, seja ela para acompanhamento ou como um espetáculo à parte. Um ambiente novo de trabalho para músicos se estabelecia, gerando a necessidade de regulamentação para este tipo de atividade. O Centro Musical do Rio de Janeiro (CMRJ), representante de uma parcela dos músicos entre 1907 e 1941 na então capital do Brasil, teve como função criar uma tabela de honorários para o trabalho no cinema. Para demonstrar essas informações, recorri ao levantamento realizado pelo “Grupo de Estudos em Cultura Trabalho e Educação”, responsáveis por organizar o acervo do Sindicato dos Músicos do Estado do Rio de Janeiro, e que inclui as atas das reuniões da diretoria do CMRJ. O presente estudo traz “pistas” sobre quais eram as reivindicações destes músicos, suas origens geográficas, suas formações, seus repertórios e em que lugar do cinema eles executavam suas tarefas. O objetivo da pesquisa é entender como ocorria esse “novo” tipo de trabalho no cinema, além de constatar as questões trabalhistas ali envolvidas. Para enriquecer o entendimento sobre esse cenário carioca, foi necessário comentar brevemente sobre Paschoal Segreto, fundador da primeira sala de exibição no Rio de Janeiro, analisando como se deu o surgimento do cinema na cidade. O texto a seguir é baseado em algumas informações presentes no capítulo 1 de minha dissertação de mestrado em andamento, que tem como objeto “As relações de trabalho do músico carioca no cinema silencioso: Um recorte de 1896 a 1929.”
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- 2024-02-27 (2)
- 2023-03-02 (1)