Revisão bibliográfica preliminar do conceito de Storytelling como parte de pesquisa em improvisação musical
Resumo
O presente trabalho apresenta uma revisão preliminar das pesquisas desenvolvidas em torno do conceito storytelling, termo usado por alguns autores que estudam improvisação em música popular. São citadas as pesquisas de Paul Berliner, Sven Bjerstedt, Klaus Frieler et al e Martin Norgaard para delimitar o conceito, entender as características do storytelling em improvisação, investigar as habilidades que os intérpretes precisam desenvolver, além de observar o uso de diferentes abordagens de performance improvisada. Primeiramente, são expostas as ideias gerais do conceito de storytelling. Muitos músicos expoentes dizem que tocam como se fossem "contar uma história com a música". É analisado como não ocorre a produção de uma história concreta, mas um discurso com os elementos musicais. Assim, são elencadas algumas características do storytelling em improvisação, como expostos por Berliner e Bjerstedt, como: produção de picos e vales de intensidade musical e a diretriz do músico tocar de acordo com sua voz interior (inner voice), em um processo de criação espontânea, que ocorre no momento em que se toca. São elencadas algumas habilidades para a produção de storytelling, como: tocar de acordo com a harmonia, e estar presente e concentrado no momento da performance. São apresentados alguns dados das pesquisas quantitativas de Frieler et al, que mostram em que medida os elementos do storytelling são observados a partir de uma análise mais objetiva de dados extraídos de transcrições de partituras e fonogramas da base de dados Weimar. É apresentada, ainda, uma relação entre individualidade e storytelling, em que se argumenta que a busca pelo desenvolvimento de uma habilidade pessoal e particular de improvisação é um elemento importante para improvisadores da música jazz.Downloads
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Publicado
2018-06-07
Edição
Seção
Artigos - Teoria e Prática da Interpretação Musical