Por uma educação leve: ao modo de Zaratustra, o "dançarino destruidor"
Resumo
O texto passa por uma linha do pensamento que atravessa duas direções: uma, de continuidade, consoante aos estudos pautados na Filosofia da Diferença, outra, de ruptura, contra muitas das já conhecidas “narrativas de crise” na educação - geralmente assentadas em perspectivas nostálgicas (“bom mesmo era como antigamente!”) e/ou apocalípticas (“não podemos nunca ser aquilo que deveríamos ser; por isso, somos doentes e fracos!”), que povoam o pensamento educacional de nossos dias. Busca problematizar não apenas certas imagens que fazem da educação um lugar de “suportação” e de “falta”, mas também as concepções universalistas de Sujeito e Verdade que operam como balizadores do modelo de escola que a Modernidade instituiu. Tendo como principais interlocutores o filósofo alemão Friedrich Nietzsche e o francês Gilles Deleuze, procura desmanchar velhos fios e tecer novas teias em torno desse tom pessimista e universalista que assombra o pensamento educacional e, com mais força, busca desenvolver, a partir de um movimento de leveza e crítica nietzschiana, a experimentação de um pensar livre, alegre e afirmativo. Tal movimento conduz-nos à escuta de outras sonoridades - talvez um tom juvenil, um tom de entusiasmo, de aurora ou, então, uma música... a música dionisíaca: Zaratustra, “um canto à vida” - capaz de colocar para dançar, no mesmo movimento do pensamento e por contaminação, todo corpo educado, pouco perceptivo e enrijecido pela moral.Downloads
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Como Citar
Costa, G. D. da. (2014). Por uma educação leve: ao modo de Zaratustra, o "dançarino destruidor". Revista Morpheus - Estudos Interdisciplinares Em Memória Social, 4(6). Recuperado de https://seer.unirio.br/morpheus/article/view/4132
Edição
Seção
Artigos originais