A documentação rediviva: prolegômenos a uma (outra) filosofia da informação
Abstract
Uma filosofia da informação fundamenta-se em uma filosofia da documentação. A concepção de Nunberg sobre o fenômeno da informação anuncia um deslocamento do foco na questão “O que é informação?” para uma investigação crítica das fontes e da legitimação da própria questão. As analogias entre a desconstrução que Wittgenstein faz das abordagens filosóficas ao significado e uma correspondente desconstrução das abordagens filosóficas à informação sugerem que como a informatividade de um documento depende de certos tipos de práticas a que este é submetido, e como a informação emerge como um efeito de tais práticas, as práticas documentárias são ontologicamente primordiais2 à informação. A informatividade dos documentos, portanto, encaminha-nos às propriedades das práticas documentárias. Tais propriedades encaixam-se em quatro categorias gerais: sua materialidade; seus lugares institucionais; os modos como são socialmente disciplinadas; e sua contingência histórica. Dois exemplos do alvorecer da ciência moderna, que contrastam as práticas documentárias escolásticas dos filósofos da natureza da Europa continental com as de seus pares na Inglaterra da época da Restauração, ilustram a riqueza dos fatores que devem ser levados em conta para compreender como os documentos se tornam informativos.Downloads
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How to Cite
Frohmann, B. (2015). A documentação rediviva: prolegômenos a uma (outra) filosofia da informação. Revista Morpheus - Estudos Interdisciplinares Em Memória Social, 8(14). Retrieved from https://seer.unirio.br/morpheus/article/view/4828
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Artigos originais