Representações da fala pública nas assembléias homéricas

Autores/as

  • Carlos Piovezani Filho

Resumen

Detendo-me em algumas passagens da Ilíada e da Odisséia que descrevem as assembléias homéricas, pretendo focalizar os procedimentos semiológicos (verbais e não-verbais) por meio dos quais o orador toma a palavra, desenvolve sua fala e instaura o silêncio em seu auditório. A partir da consideração desses procedimentos, almejo apontar certas representações da “fala pública” desse período e sugerir certas facetas da ordem do discurso que a caracterizam. As duas epopéias de Homero são referências incontornáveis e fundadoras do pensamento ocidental. Releio-as, aqui, com vistas a lançar alguns apontamentos iniciais do que nomeio de “genealogia da fala pública”, a partir da qual penso ser possível melhor compreender os discursos que nos enredam. Onde, quando e como falam os personagens homéricos e como reagem aqueles que os escutam? Saber das representações homéricas da “fala pública” parece-me o começo de um trajeto que pode conduzir a interpretações menos intuitivas e estigmatizadas do discurso político contemporâneo.

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Cómo citar

Piovezani Filho, C. (2015). Representações da fala pública nas assembléias homéricas. Revista Morpheus - Estudos Interdisciplinares Em Memória Social, 5(9). Recuperado a partir de https://seer.unirio.br/morpheus/article/view/4769

Número

Sección

Artigos originais