Identidade do corpo: uma questão de interpretação

Autores

  • Leila Navarro de Santana

Resumo

O presente artigo visa refletir acerca do corpo como representação simbólica efetivada através da linguagem. Para tanto, analisaremos alguns aspectos que caracterizam a linguagem simbólica como uma relação arbitrária entre o signo e o fenômeno representado, signo como promessa e adiamento da presença do objeto e a linguagem como instrumento das relações de poder. Para esclarecer esses aspectos da linguagem, focalizamos o discurso platônico, no qual o corpo é representado como “inimigo” da alma. Essa imagem é repetida cotidianamente nos atos de fala da tradição ocidental, sendo esta fortemente influenciada pelo dualismo platônico, afirmando uma identidade inferiorizada do corpo. Considerando a linguagem como construção social e as representações, as identidades e as memórias como criações lingüísticas, faz-se mister problematizar a naturalização com que tais criações são entendidas e aceitas em decorrência da negligência dos processos sociais como implicadores de sentido.

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Como Citar

Santana, L. N. de. (2015). Identidade do corpo: uma questão de interpretação. Revista Morpheus - Estudos Interdisciplinares Em Memória Social, 4(7). Recuperado de https://seer.unirio.br/morpheus/article/view/4755

Edição

Seção

Artigos originais