Artaud: a questão do nome entre a psicose e a poesia

Autores

  • Arnaldo Rodrigues Bezerra Filho Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.9789/pb.v20i2.162-181

Palavras-chave:

Artaud, Nome, Psicose, Poesia, Escrita bruta

Resumo

Nesse artigo, consideramos a escrita de Artaud como uma criação literária singular; cotejamos a escrita literária tradicional e a psicótica, que foi nomeada de escrita bruta no campo artístico. Vimos que, para Artaud, importou mais a feitura do texto, a criação em si de sua poesia, a “glossopoesia”, como uma assinatura de seu estilo, do que o nome próprio. De qualquer modo, até chegar ao nome paterno, assinou com o materno, um nome imaginário, e mesmo a ausência dele. Assim, apesar do sofrimento da psicose, buscou um meio de sobrexistir. Ele transformou a sintaxe e a semântica convencionais da língua materna com as glossolalias e um discurso que chega ao limiar do sentido, e mesmo ao nonsense. Ultrapassou a psicose e se fez legitimar como um sujeito em processo.

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Biografia do Autor

Arnaldo Rodrigues Bezerra Filho, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Psiquiatra e Psicanalista.

Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.

Residência Médica em Psiquiatria e Psicologia Médica na Universidade de São Paulo – USP.

Mestre em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo – USP.

Doutor em Estudos da Linguagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.

Diploma de Estudos Aprofundados (DEA) em Psicanálise na Université de Sorbonne – Paris VII.

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Publicado

2023-03-05

Como Citar

RODRIGUES BEZERRA FILHO, A. . Artaud: a questão do nome entre a psicose e a poesia. Psicanálise & Barroco em Revista, [S. l.], v. 20, n. 2, p. 162–181, 2023. DOI: 10.9789/pb.v20i2.162-181. Disponível em: https://seer.unirio.br/psicanalise-barroco/article/view/11092. Acesso em: 22 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos