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  • Chamada para contribuições - Dossiê temático - ARRANJO: História, Técnica, Pedagogia e Transformações Contemporâneas

    2025-05-09

    ARRANJO: História, Técnica, Pedagogia e Transformações Contemporâneas

    O ato de arranjar uma música constitui-se como um processo criativo que opera em um espectro amplo, abrangendo desde interlocuções informais entre músicos de um pequeno conjunto até complexas estruturas prescritas com rigor para formações maiores. Em certos contextos, o arranjo estabelece uma relação tão intrínseca com a composição que, para o ouvinte, torna-se indistinguível o que é criação original do compositor e o que é intervenção do arranjador. Desta forma, o que seria a função de “vestir” a música pode tomar outras proporções, amalgamando a atividade de compor com a de arranjar, em prol da obra resultante. O arranjador, dependendo do grau de liberdade que lhe é atribuído, pode interferir em diversos parâmetros estruturais da obra, como: instrumentação, gênero, forma, rearmonização, criação de introdução, “especial”, coda, escolha da tonalidade, modulações, estrutura musical com abertura de seção para improvisação. O arranjador exerce um papel determinante para o resultado final da obra.

    Convidamos as/os pesquisadoras/es a apresentarem artigos científicos que reflitam sobre o arranjo sob o ponto de vista técnico, conceitual ou histórico, priorizando a produção nacional.

    Entre os subtemas sugerimos, a título de exemplo:

    • Histórico da relação arranjador / compositor;
    • Levantamento musical/biográfico de arranjadores icônicos e seu legado;
    • Possíveis definições do que caracteriza uma escola brasileira de arranjo;
    • Análises críticas da interferência do arranjador no resultado final da obra, com a opção de uso de estudo de caso;
    • Liberdade criativa X restrições comerciais;
    • Adequação do arranjo ao gênero musical utilizado, com suas idiossincrasias;
    • O arranjador no estúdio de gravação. Dificuldades, limites, alternativas e soluções no ato da realização do arranjo, no momento de sua materialização;
    • Processo diacrônico do arranjo do início do século XX a nossos dias. Trajetória, escolas e transformações;
    • Revisão, levantamento e análise da literatura de manuais nacionais e/ou estrangeiros;
    • Levantamento da pedagogia do arranjo nas universidades brasileiras, desde sua implementação, desenvolvimento e situação atual;
    • Relação arranjo e tecnologias atuais: expansão do conceito de arranjador além do seu papel histórico e tradicional do profissional que escreve música formalmente; o arranjador como manipulador sonoro; novas possibilidades criativas ao se utilizar programas de computador que empregam sons pré-fabricados (samples) em, por exemplo, trilhas sonoras para audiovisual e pesquisa de linguagem;
    • Levantamento e análise de acervos de arranjos de determinada instituição e/ou de arranjadores;
    • Investigação do papel do arranjo e do arranjador na cadeia musical hoje: transformações ocorridas neste início do século XXI; arranjo na era digital; novas ferramentas; novas linguagens;
    • Do manuscrito ao digital: análise do uso de softwares de escrita musical e sua interferência no processo criativo de um arranjo;
    • Aspectos positivos e negativos do uso de Inteligência Artificial como ferramenta em um arranjo; questionamentos éticos e estéticos.

    Além destas sugestões, convidamos as/os autora(e)s a submeter textos que extrapolem estes direcionamentos conquanto pertinentes à temática do dossiê

    Organização do dossiê:

    David Ganc – editor convidado

    Prazo para submissões: 9 de agosto de 2025

    As submissões para o dossiê devem ser feitas pelo Sistema OJS, e formatadas conforme as orientações para os autores (ver aba Submissões).

    Serão aceitas submissões em português, espanhol e inglês.

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