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Liquid Voices

uma postopera?

Autores

  • Rita de Cássia Domingues dos Santos UFMT/ECCO
  • André Ricardo de Souza Universidade Estadual do Paraná
  • Maria Cecília de Oliveira Fundação das Artes de São Caetano do Sul

Palavras-chave:

Ópera contemporânea brasileira; postopera; estética da impureza; intertextualidade.

Resumo

Este texto propõe uma reflexão a respeito da ópera cinemática Liquid Voices: a história de Mathilda Segalescu, de Jocy de Oliveira, amparada em conceitos trazidos dos estudos das artes performáticas contemporâneas, entre eles o conceito de postopera segundo Jelena Novak, com suas implicações a respeito da relação corpo-voz no contexto da cena pós-dramática. Nessa discussão também é abordada a influência mutua entre ópera e cinema no desenvolvimento dessas duas linguagens ao longo do século XX, assim como aspectos da intertextualidade enquanto elemento da estética pós-moderna ou, na visão de Guy Scarpetta, de uma estética da impureza. Depois de uma breve contextualização da produção dramático-musical de Jocy de Oliveira na música de concerto brasileira das últimas décadas, procuramos identificar elementos da ópera em tela que possam caracterizá-la como uma postopera. Pretende-se aqui contribuir para com o entendimento da ópera contemporânea, numa perspectiva interdisciplinar envolvendo elementos teóricos da música, teatro e cinema.

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Biografia do Autor

André Ricardo de Souza, Universidade Estadual do Paraná

André Ricardo de Souza é regente e compositor. Graduou-se Bacharel em Música (Habilitação em Composição e Regência) pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (UNESP), é Mestre em Música pela mesma instituição, e Doutor em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP). Seu trabalho se desenvolve na interface entre música e linguagem, atuando principalmente nas áreas de técnica e expressão vocal (canto e fala), abordagens teóricas da interpretação musical vocal, e mais recentemente na investigação sobre a genealogia e natureza do espetáculo dramático-musical. É professor adjunto na Universidade Estadual do Paraná, Campus Curitiba II (Faculdade de Artes do Paraná), responsável pelas disciplinas de canto coral e regência. Como compositor atua principalmente em espetáculos de teatro, produzindo música incidental para a cena e também musicais. É autor dos musicais Orfeu XXI (2012) e Desatinos (2015, inédito).

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Publicado

2023-05-04

Versões

Como Citar

Domingues dos Santos, R. de C., Souza, A. R. de, & Oliveira, M. C. de. (2023). Liquid Voices : uma postopera?. DEBATES - Cadernos Do Programa De Pós-Graduação Em Música, 26(2), 1–24. Recuperado de https://seer.unirio.br/revistadebates/article/view/12024

Edição

Seção

Dossiê temático