Clube da Esquina

memória e resistência na produção musical negra

Autores

Palavras-chave:

música; memória; negritude; cartografia

Resumo

O presente estudo procura investigar como a música negra brasileira mobiliza experiências de resistência política, aspecto intrinsecamente relacionado ao processo de (re)memoração e narrativa social. Para tanto, a memória é entendida não só como movimento subjetivo de invocação do passado, mas como produção social a partir das demandas atuais. A pesquisa foi elaborada numa perspectiva cartográfica, sendo realizada durante um ano de trabalho de campo em Porto Alegre em territórios quilombolas e pesquisa ativa de músicas e registros culturais derivados do percurso citadino. Foi possível elencar como pontos nodais da pesquisa; o quanto a lógica de branqueamento historicamente estruturada no Brasil produz, para as populações negras, um não saber sobre si, elemento que denota o valor da produção de memória como política; a importância da relação entre ocupação de territórios urbanos e produção musical negra, ou seja, a criação de espaços dialógicos; e, por fim, a importância da memória musical negra como formação subjetiva marginal, potência de pertencimento e identificação social contranormativa.

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Biografia do Autor

João Victor Marques da Silva, PUCRS

Psicólogo (PUCRS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Cristiano Hamann, PUCRS

Psicólogo, Doutor em Psicologia Social e Institucional (UFRGS), professor do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida (PUCRS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

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Publicado

2024-01-05

Como Citar

Marques da Silva, J. V., & Hamann, C. (2024). Clube da Esquina: memória e resistência na produção musical negra. DEBATES - Cadernos Do Programa De Pós-Graduação Em Música, 27(2), 82–101. Recuperado de https://seer.unirio.br/revistadebates/article/view/12880

Edição

Seção

Dossiê temático