O “terrível mal do Oriente” nas terras capixabas: a cólera, o medo e a morte (1855-1856)
DOI:
https://doi.org/10.9789/2525-3050.2024.v9n17.e12860Palavras-chave:
morte, imprensa, cólera, medo, Espírito SantoResumo
Este artigo investiga, nas páginas do jornal Correio da Victoria, primeiro periódico de circulação regular na Província do Espírito Santo, em edições da década de 1850, nas correspondências do governo provincial e no livro do memorialista Padre Antunes Siqueira, as atitudes da população local diante do pavor e do medo provocados pela cólera, assim como, as providências tomadas pelo governo provincial frente à epidemia. Tal doença, além de provocar grande comoção e temor, proporcionou significativas transformações nos costumes referentes aos cuidados dos doentes e nos procedimentos dedicados aos falecidos. Por meio das fontes pesquisadas, mostrou-se possível observar o quanto a enfermidade alterou os modos de ser e de agir da comunidade capixaba e causou uma série de receios e pânicos diante da sua chegada e alastramento. Para isso, trouxemos um breve histórico sobre a doença e suas consequências no oitocentos e verificamos, nas fontes analisadas, as demonstrações das sensações por ela provocadas; as recomendações indicadas; os medicamentos prescritos, quer pela medicina douta e pela medicina popular; qual estrato social foi mais atingido pela doença e o quantitativo de mortos.
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