O “terrível mal do Oriente” nas terras capixabas: a cólera, o medo e a morte (1855-1856)
DOI:
https://doi.org/10.9789/2525-3050.2024.v9n17.e12860Keywords:
morte, imprensa, cólera, medo, Espírito SantoAbstract
This article investigates, in the pages of the Correio da Victoria newspaper, the first regular publication in the Province of Espírito Santo, in editions from the 1850s, the attitudes of the local population in the face of the terror and fear provoked by the cholera epidemic. This disease, in addition to causing great commotion and fear, brought significant transformations in the customs regarding care for the sick and procedures dedicated to the deceased. Through the newspaper, it was possible to observe how much the illness altered the ways of being and acting of the Capixaba community and caused a series of fears and panic upon its arrival and spread. For this purpose, we provided a brief history of the illness and its consequences in the nineteenth century and examined the newspaper texts for demonstrations of the sensations it caused.
Downloads
References
Baptista, M. P., & Nascimento, F. de A. (2018, 30 ago.). O Inimigo vem do mar. Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science, 7 (2), 12-28.
Barbosa, M. (2007). História cultural da Imprensa. Rio de Janeiro: MauadX.
Beltrão, J. F. (1999). Cólera, o flagelo da Belém do Grão Pará. [Tese de Doutorado em História – Universidade Estadual de Campinas, Campinas/SP].
Bertolli Filho, C. (2003). A gripe espanhola em São Paulo: 1918. São Paulo: Paz e Terra.
Botelho, T. R. (2021 dez, 2022 jan). A população brasileira em 1850: estimativa. Economia e Políticas Públicas, 7 (2), 135-165.
Capelato, M. H. R. (1988). Imprensa e história do Brasil. São Paulo: Contexto.
Costa, J. F. (1989). Ordem médica e norma familiar. 3ra ed. Rio de Janeiro: Graal.
Daves, N. Z. (1997). Nas margens: três mulheres do século XVII. São Paulo: Companhia das Letras.
David, O. R. (1996). O inimigo invisível: epidemia na Bahia no século XIX. Salvador: Editora da UFBA.
Delumeau, J. (2009). História do medo no Ocidente (1300-1800): uma cidade sitiada. São Paulo: Companhia das Letras.
De Luca, T. R. (2006). História dos, nos e por meio dos periódicos. In C. B. Pinsky (org.). Fontes Históricas (pp. 111-153). São Paulo: Contexto.
Diniz, A. S. (1997). Cólera: representações de uma angústia coletiva. A doença e o imaginário social no Brasil do século XIX. Tese [Doutorado em História – Universidade Estadual de Campinas, Campinas/SP].
Evans, R. J. (1995). Epidemics and revolutions: cholera in nineteennth century Europe. In T. O. Ranger, P. Slack. Epidemics and ideas: essas on the territorial perception of pestilence (pp. 149-173). Cambridge: Cambrigde University Press.
Franco, S. P. (2015). O terribilíssimo mal do Oriente: o cólera na Província do Espírito Santo (1855-1856). Vitória/ES: Edufes.
Franco, S. P., Lopes, A. F., & Franco, L. F. S. (2019). Flagelos da justiça de Deus: a febre amarela e o cólera no Espírito Santo. In S. P.
Franco, T. S. Pimenta, A. Mota. (2019). No rastro das províncias: as epidemias no Brasil oitocentista (pp. 115-146). Vitória/ES: Edufes.
Freire, M. A., & Schawab, A. (1979). A Irmandade e a Santa Casa de Misericórdia. Vitória: Arquivo Público Estadual.
Karasch, M. (2000). A vida dos escravos no Rio de Janeiro: 1808-1850. São Paulo: Companhia das Letras.
Machado, H. F. (2006). Imprensa e identidade do ex-escravo no contexto do pós-abolição. In L. B. P. das Neves, M. Morel, T. Bessone. História e imprensa: representações culturais e práticas de poder (pp. 142-152). Rio de Janeiro: DP&A/Faperj.
Novaes, M. S. de. (1968). História do Espírito Santo. Vitória/ES: Fundo Editorial.
Oliveira, J. T. de. (2008). História do Espírito Santo. 3. ed. Vitória/Es: Arquivo Público Estadual do Espírito Santo, Secretaria de Estado da Cultura.
Pesavento, S. J. (2000). Fronteiras da ficção: diálogos da história com a literatura. Revista de História das Ideias, Coimbra, 21, 33-57.
Perini, J. F., & Cunha, M. D. R. da. (2020). Cuidar mais da saúde dos vivos do que do descanso dos mortos: a Santa Casa da Misericórdia no trato da morte em Vitória-Espírito Santo, na segunda metade do século XIX. Revista M. Estudos sobre a morte, os mortos e o morrer, [S. l.], 4 (8), 397-418. doi: 10.9789/2525-3050.2019.v4i8.397-418. https://seer.unirio.br/revistam/article/view/9344.
Piccoli, M. de. (2009). A Ideias de liberdade na cena política capixaba: o movimento abolicionista em vitória (1869-1888). Dissertação [Mestrado em História – Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória/ES].
Pires, F. M. (2008). Peste de Atenas, mithistória em miniatura: o Daímon e a heroicidade do historiador. Letras Clássicas, (12), 99-116.
Reis, J. J. (1997 – 1998). O cotidiano da morte no Brasil oitocentista. In F. A. Novais (Org.). História da vida privada no Brasil (pp. 96-141, 2v). São Paulo: Companhia das Letras.
Rodrigues, C. (1997). Lugares dos mortos na cidade dos vivos: tradições e transformações fúnebres no Rio de Janeiro no século XIX. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.
Scarano, J. (2002). Cotidiano e solidariedade: vida diária da gente de cor nas Minas Gerais, século XVIII. São Paulo: Brasiliense.
Schwartz, S. B. (1988). Segredo internos; engenhos e escravos na sociedade colonial (1550-1835). São Paulo: Companhia das Letras.
Scolforo, J. M. (2011). O último grão de areia na ampulheta da vida: poder, política e falecimentos nos periódicos "Correio da Victoria", "Jornal da Victoria" e "O Espírito - Santense". Dissertação [Mestrado em História – Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória].
Strogenski, M. J. F. (2002). Correspondência oficial e literatura. Revista de Letras da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, (5), 1-7. https://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/2303/1443.
Tuan, Y-F. (2005). Paisagens do medo. São Paulo: Unesp.
Ziegler, J. (1997). Os vivos e a morte: uma "sociologia da morte" no Ocidente e na diáspora africana no Brasil e seus mecanismos culturais. Rio de Janeiro: Zahar.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Licença Creative Commons CC BY 4.0