Morte aparente e verificação de óbitos na medicina século XIX: algumas perspectivas de abordagem a partir das teses médicas

Authors

  • Jean Neves Abreu Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.9789/2525-3050.2024.v9n18.e12868

Keywords:

apparent death, medical theses, deaths, 19th century

Abstract

In Brazilian historiography, death has already become a consolidated object of study. Despite the relevance of research on the subject, the role played by the medical discourse on death and dying has some aspects little contemplated by researchers, among them the discussion around apparent death. The objective of the article is to discuss how apparent death and the verification of deaths became a medical issue in the 19th century, having as its main source the medical theses of the Faculty of Medicine of Rio de Janeiro. The central argument is that the medical theses allow identifying the main aspects of the theme, reverberating the medical discussions of the time and the debates about apparent death in Brazil. From a reading of these sources, and their relationship with articles published in journals and definitions in medical dictionaries, it was possible to analyse how the theses appropriated the medical theories of the time and, at the same time, proposed specific solutions to the issue of verification of the Deaths.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Jean Neves Abreu, Universidade Federal de Uberlândia

Doutor em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor do Curso de Graduação em História, do Programa de Pós-Graduação em História e do Mestrado profissional em História (ProfHistória) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). CV: http://lattes.cnpq.br/2300258713505621

References

Abreu, J. (2022). Morte aparente e práticas de reanimação: Um estudo a partir da literatura médica no contexto da Ilustração em Portugal (1770-1818). Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, 75, 169–194. https://doi.org/10.23925/2176-2767.2022v75p169-194

Antunes, J. L. F. (1999). Medicina, leis e moral: pensamento médico c comportamento no Brasil (1870-1930). São Paulo: Fundação Editora da UNESP.

Barras, V. (2005). Une histoire de la notion de mort en médecine. In R. Bertrand, A. Carol, & Pelen, J. N. (Eds.), Les narrations de la mort. Aix-en-Provence: Presses universitaires de Provence. doi:10.4000/books.pup.7234.

Blondel, C. (1999). Animal electricity in Paris: From initial support, to its discredit and eventual rehabilitation. In M. Bresadola & G. Pancaldi. Luigi Galvani International Workshop. Proceedings, Universita di Bologna. Bologna Studies in History of Science, 187-209.

Carol, A. (2005). La mort vécue, entre littérature et médecine. In Les narrations de la mort. Aix-en-Provence: Presses universitaires de Provence.

Carol, A. (2014). Le médecin des morts a Paris au XIXe siècle. Annales de démographie historique, 127 (1), 153-179.

Carol, A. (2015). Une histoire médicale des critères de la mort. Communications, 97, 45-55.

Carol, A. (2021). Constater la mort sans le médecin?. Histoire, médecine et santé, 16, 57-78. https://doi.org/10.4000/hms.2577.

Condé, M. L. (Org.). (2012). Ludwik Fleck: estilos de pensamento na ciência. Belo Horizonte: Fino Traço.

Demerson, P. de. (2001). Muertes aparentes y socorros administrados a los ahogados y asfixiados en las postrimerías del siglo XVIII. Asclepio. Revista de Historia de la Medicina y de la Ciencia, LIII (2), 45-68.

Fleck, L. (2010). Gênese e desenvolvimento de um fato científico. Belo Horizonte: Fabrefactum.

Foucault, M. (2001). O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Franco, S. P., & Nogueira, A. L. L. (2016, janeiro a junho). Entre livros, lentes e miasmas: as teses médicas da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e a epidemia de cólera (1855-1856). Revista Brasileira de História da Ciência, 9 (1), 67-84.

Gondra, J. (2004). Artes de civilizar: medicina, higiene e educação escolar na corte Imperial. Rio de Janeiro: EdUERJ.

Guimarães, M. R. C. (2005, maio a agosto). Chernoviz e os manuais de medicina popular no Império. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 12 (2), 501-14.

Löwy, I. (1994, julho a outubro). Ludwick Fleck e a presente história das ciências. História, Ciências, Saúde, 1 (1), 7-18.

Márquez-Rodríguez, C. M., & Márquez-Espinós, C. (2019). El diagnóstico de la muerte en España. a propósito de la resucitación de la muerte aparente. Llull: Revista de la Sociedad Española de Historia de las Ciencias y de las Técnicas, 42 (86), 145-156.

Marinozzi S. (2015). Curare la morte apparente: nosologia etecniche di rianimazione nell’Italia del settecento. Medicina nei Secoli; 27/1, 307-358.

Mccabe, C. (2019). The humane society movement and the transnational exchange of medical knowledge in the late eighteenth and early nineteenth centuries. Journal of the Royal College of Physicians of Edinburgh, 49 (2), 158-164. https://doi.org/10.4997/JRCPE.2019.218.

Mertens, J. (2009, agosto a dezembro). Éclairer les arts : Eugène Julia de Fontenelle (1780-1842), ses manuels Roret et la pénétration des sciences appliquées dans les arts et manufactures. Documents pour l’histoire des techniques , Documents pour l’histoire des techniques, 18, 95-112. https://doi.org/10.4000/dht.339.

Milanesi C. (1991). Mort-instant et la mort-processus dans la médecine de la seconde moitié du siècle. Dix-huitième Siècle, 23, 171-190.

Monteiro, J. L. de S. C. (1842). Asphyxia por submersão. Tese. Rio de Janeiro: Typographia Universal de Laemmert

Mourange, M. (2013). Un retour du vitalisme ?. Histoire de la recherche contemporaine, 2. https://doi.org/10.4000/hrc.316.

Pfuetzenreiter, M. R. (2002). A epistemologia de Ludwik Fleck como referencial para a pesquisa no ensino na área de saúde. Ciência & Educação, 8 (2), 147-159.

Pranchère, N. S. (2012). La mort apparente du nouveau-né dans la littérature médicale (France, 1760-1900). Annales de démographie historique, 123, 127-148. https://doi.org/10.3917/adh.123.0127.

Reis, J. (1991). A morte é uma festa : ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX. São Paul : Companhia das Letras.

Rodrigues, C. (1997). Lugares dos mortos na cidade dos vivos: tradições e transformações fúnebres no Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Cultura, Departamento Geral de Documentação e Informação Cultural, Divisão de Editoração.

Serdeczny, A. (2018). Du tabac pour le mort. Une histoire de la reanimation. Paris: Champ Vallon.

Talamoni, A. C., & Bertolli Filho, C. (2014, outubro a dezembro). A anatomia e o ensino de anatomia no Brasil: a escola boveriana. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 21 (4), 1301-1322.

Waisse, S, Amaral, M. T. C. G. Do, & Alfonso-Goldfarb, A. M. (2011, julho a setembro). Raízes do vitalismo francês: Bordeu e Barthez, entre Paris e Montpellier. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 3 (18), 625-640.

Published

2024-06-30

How to Cite

Neves Abreu, J. (2024). Morte aparente e verificação de óbitos na medicina século XIX: algumas perspectivas de abordagem a partir das teses médicas. Revista M. Estudos Sobre a Morte, Os Mortos E O Morrer, 9(18). https://doi.org/10.9789/2525-3050.2024.v9n18.e12868