Cartografias de vida-e-morte em territórios pandêmicos: marcas-ferida, necro-bio-políticas e linhas de fuga

wound-marks, necro-bio-politics and lines of escape

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.9789/2525-3050.2021.v6i11.275-293

Mots-clés :

COVID-19, Filosofia da diferença, Morte, Pandemia, Vida

Résumé

Em territórios pandêmicos, os limites entre vida e morte tornam-se mais tênues. A pandemia de COVID-19 deixa centenas de milhares de mortos no mundo e, dentre eles, levou o pai do primeiro autor, gerando marcas-ferida que moveram a escrita deste texto. A partir das marcas, utilizamos a cartografia para percorrer os territórios de vida e morte em contextos pandêmicos, dialogando com autores como Deleuze, Guattari, Rolnik, Foucault e Mbembe. Primeiramente, movidos pelas marcas e marcas-feridas, pensamos nos acontecimentos, na morte e nos lutos. Depois, aprofundamos na análise dos territórios pandêmicos ao observar as tramas de controle da vida e da morte, apoiados nos conceitos de biopolítica, necropolítica e necrobiopolítica. Na parte final, pensamos em linhas de fuga que permitam escapar na dureza destes tempos: escapar rizomando como formas de existência, resistência e re-existências.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur

Tiago Amaral Sales, Universidade Federal de Uberlândia

Licenciado e Bacharel em Ciências Biológicas, Mestre em Educação e Doutorando em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia.

Lúcia de Fátima Dinelli Estevinho, Universidade Federal de Uberlândia

Professora no Instituto de Biologia e Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia.

Références

ABREU, Caio Fernando. Pequenas Epifanias. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2014. 240 p.

BENSUSAN, Hilan. "E daí? Todo mundo morre": a morte depois da pandemia e a banalidade da necropolítica. #PandemiaCrítica, N-1 Edições, on-line, n. 105, jun. 2020. Disponível em: <https://www.n-1edicoes.org/textos/6>. Acesso em: 15 jul. 2020.

BENTO, Berenice. Necrobiopoder: Quem pode habitar o Estado-nação? Cadernos Pagu, Campinas, n. 53, e185305, jun. 2018. https://doi.org/10.1590/18094449201800530005.

CASTRO, Edgardo. Vocabulário de Foucault: Um percurso pelos seus temas, conceitos e autores. Tradução Ingrid Müller Xavier. 2º ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016. 480 p.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: Capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 1995. v. 1. 128 p.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: Capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 1997. v. 4. 200 p.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a filosofia? São Paulo: Editora 34, 1991. 288 p.

DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. Diálogos. São Paulo: Escuta, 1998. 180 p.

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. Tradução de Maria Ermantina de Almeida Prado Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2005. 269 p.

GALLO, Sílvio; ASPIS, Renata Lima. Biopolítica-vírus e educação-governamentalidade e escapar e... Revista de Estudos Universitários, Sorocaba, v. 37, n. 2, p. 167-179, dez. 2011.

JARDIM, Eduardo. A doença e o tempo: aids, uma história de todos nós. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. 80 p.

MBEMBE, Achille. NECROPOLÍTICA: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. São Paulo: N-1 Edições, 2018. 71 p.

PESSOA, Fernando. Livro do desassossego. 2ª ed. Jandira: Ciranda Cultural Editora e Distribuidora Ltda., 2019. 364 p.

PESSOA, Fernando. Poemas completos de Alberto Caeiro. Organização Carlos Felipe Moisés. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2013. 160 p.

PRECIADO, Paul. Aprendiendo del vírus. In: AGAMBEN, Giorgio et al. Sopa de Wuhan: pensamiento contemporáneo en tiempos de pandemia. [S. l.]: ASPO, mar. 2020. p. 163-185.

ROLNIK, Suely. A Morte de Félix Guattari. Cadernos de Subjetividade, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 35-40, mar. 1993a.

ROLNIK, Suely. Pensamento, corpo e devir: uma perspectiva ético/estético/política no trabalho acadêmico. Cadernos de subjetividade, São Paulo, v. 1, n. 2, p. 241-251, 1993b.

ROLNIK, Suely. Cartografia Sentimental: transformações contemporâneas do desejo. Porto Alegre: Sulina, 2011. 247 p.

ROLNIK, Suely. Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. 2. ed. São Paulo: N-1 Edições, 2018. 208 p.

SALES, Tiago Amaral. Cartografias do cerrado: devires, marcas e forrageios em processos de pesquisa-trans-formação de um biólogo. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, [S. l.], v. 13, n. 2, p. 466-482, 2020. Disponível em: http://sbenbio.journals.com.br/index.php/sbenbio/article/view/358. Acesso em: 19 dez. 2020.

SALES, Tiago Amaral; LOURENÇO, Keyme; ESTEVINHO, Lucia de Fátima Dinelli. Escavando o rizoma: devires a partir de uma filosofia-vegetal. Alegrar, Campinas, v. 1, p. 271-282, 2020.

SANTOS, Boaventura de Sousa. A Cruel Pedagogia do Vírus. Coimbra: Edições Almedina, 2020. 32 p.

Téléchargements

Publiée

2021-06-30

Comment citer

Sales, T. A., & Estevinho, L. de F. D. (2021). Cartografias de vida-e-morte em territórios pandêmicos: marcas-ferida, necro-bio-políticas e linhas de fuga: wound-marks, necro-bio-politics and lines of escape. Revista M. Estudos Sobre a Morte, Os Mortos E O Morrer, 6(11), 275–293. https://doi.org/10.9789/2525-3050.2021.v6i11.275-293