Som e territorialidades em fluxos migratórios

Resumo

Neste texto foco nas noções de espaço e territorialidade relacionadas à etnografia que tenho construído entre músicos da comunidade haitiana no sul do Brasil. Me aproximo de discussões sobre som e território em etnografias com sociedades indígenas no Brasil, e do campo dos sound studies, para desenvolver considerações sobre espaço e práticas sonoras em um contexto migratório. De uma perspectiva etnomusicológica tenho pensado os fluxos migratórios mediados pelo sonoro, pelas agências sonoras e pelos processos criativos dos sujeitos. Sugiro que a produção de espacialidades e circulação estão ligadas às estratégias políticas, sociais e sonoras dessa comunidade. Do ponto de vista da teoria da “autonomia das migrações”, tomo essas práticas enquanto produções de subjetividade nas fronteiras e através delas.