Sobre a educação em si de Nietzsche

Autores

  • Marinete Araújo da Silva

Resumo

Neste trabalho apresentaremos algumas reflexões à respeito das críticas que o filósofo Alemão Friedrich faz sobre a educação ministrada em sua época, tomando como referência os escritos de sua juventude, ou seja, na Segunda Consideração Intempestiva: Da utilidade e desvantagem da história para a vida e a Terceira Consideração Intempestiva: Schopenhauer educador. Nestas, o autor critica o tipo de educação ministrada nos estabelecimentos de ensino de sua época e percebe que esta visa formar determinados tipos de homem para servir aos interesses do Estado, da ciência e do mercado, ou seja, a educação possui uma finalidade clara e limitada e uma de suas premissas é a potencialização de características comuns dos sujeitos a fim de que possam movimentar as engrenagens da sociedade em detrimento do desenvolvimento das singularidades e do potencial criativo. Uma característica marcante desta educação é o uso excessivo da memória como técnica didática. Como alternativa a este tipo de educação, Nietzsche propõe a educação e o cultivo de si, não como um individualismo exacerbado - tão em voga nos tempos atuais, fomentado pelo neoliberalismo - mas um adestramento de si, das forças plásticas, das características próprias de cada sujeito e de seu potencial criativo, por meio de uma educação que promova as capacidades intelectuais, artísticas, emotivas e físicas de cada discente.

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Como Citar

Silva, M. A. da. (2014). Sobre a educação em si de Nietzsche. Revista Morpheus - Estudos Interdisciplinares Em Memória Social, 4(6). Recuperado de https://seer.unirio.br/morpheus/article/view/4739

Edição

Seção

Artigos originais