JONGO DE PIANO
PROCESSO DE CONSTRUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE UM ARRANJO PARA PIANO DO JONGO PRETA VELHA JONGUEIRA
Palavras-chave:
Jongo da Serrinha, Tambores nas teclas, Partitura corporal, Arranjo, Interpretação pianísticaResumo
O objetivo deste trabalho é a apresentação do meu processo do arranjo para piano solo do jongo Preta Velha Jongueira, de Lazir Sinval, assim como a demonstração dos caminhos percorridos para a elaboração da sua interpretação. Desta forma, realizei uma pesquisa acerca dos elementos que caracterizam o Jongo, a qual partiu das seguintes premissas: os pianistas que pretendem abordar o piano afro-brasileiro devem conhecer a fundo os instrumentos que dão voz ao gênero que pretendem representar, de forma a serem capazes de transpor, para as teclas, toda a riqueza rítmica e sonora que o caracteriza; o Jongo é uma manifestação cultural afro-brasileira com idiossincrasias que necessitam de uma metodologia que as respeite e abranja, sendo a roda o espaço de verdadeira aprendizagem deste; e a música de matriz africana é caracterizada por um fenômeno de circularidade que é contemplado através do conceito de clave que é a menor porção rítmica que define um ritmo. Desta forma, transcrevi os toques dos tambores do Jongo da Serrinha (caxambu, candongueiro e tambu), das palmas, e de dois passos de dança (tabeado e mancador). Conhecidos estes elementos, fiz a sua tradução para o piano, contemplando seus recursos técnico-instrumentais (toque, dedilhado ao teclado, uso dos pedais). Por fim, apresentei o meu arranjo de jongo para piano, assim como a minha interpretação para ele. No futuro, será́ importante enriquecer a partitura com mais elementos que forneçam caminhos interpretativos para que outros pianistas o possam tocar.
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