MÚSICOS AUTÔNOMOS E RACIONALIDADE NEOLIBERAL NA INDÚSTRIA FONOGRÁFICA DA ERA DIGITAL

Authors

  • João Luís dos Santos Meneses Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Keywords:

Trabalho musical, Indústria fonográfica, Neoliberalismo, Doutrina do choque

Abstract

A indústria fonográfica, embora não seja uma atividade recente, está sob novas configurações desde que as plataformas digitais de streaming e as ferramentas de gravação se popularizaram entre músicos autônomos e consumidores de música em
geral. A emergência de novos artistas nesse mercado faz pensar como os sujeitos se mobilizam para lidar com os novos dispositivos e, mais que isso, como o contato com a nova frente laboral potencializa os problemas do trabalho informal. Através de um ensaio teórico que correlaciona os conceitos de “doutrina do choque” (KLEIN, 2007) e “racionalidade neoliberal” (FOUCAULT, 2001) com trabalho musical, busco compreender como músicos autônomos incorporam condutas e discursos neoliberais. Mais do que observar as causas e consequências dessa eclosão, vale pensar a respeito do movimento que vem transformando a concepção de músico autônomo, de empresário de si mesmo. Sendo assim, pretendo analisar como os novos artistas lidam com o trabalho de produção fonográfica na era digital. Como foco de análise, utilizo algumas experiências de cantores aracajuanos, que trabalham ativamente em produções autorais, desde, pelo menos, o início de 2021, quando a lei Aldir Blanc, instituída durante a pandemia da COVID-19, estimulou a produção de material artístico através de chamamentos públicos.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

João Luís dos Santos Meneses, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Música da UNIRIO sob a orientação do Prof. Dr. José Alberto Salgado e Silva. 

Published

2023-03-17

How to Cite

dos Santos Meneses, J. L. (2023). MÚSICOS AUTÔNOMOS E RACIONALIDADE NEOLIBERAL NA INDÚSTRIA FONOGRÁFICA DA ERA DIGITAL. DEBATES - Cadernos Do Programa De Pós-Graduação Em Música, 26(1), 13–32. Retrieved from https://seer.unirio.br/revistadebates/article/view/12598