A obra Quando se muda a paisagem…, de Rodrigo Lima, como um processo de solfejos

Autores

  • Pedro Yugo Sano Mani Universidade de São Paulo
  • Silvio Ferraz Mello Filho Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Solfejo. Processos criativos. Estruturação composicional, Quando se muda a paisagem, Percepção.

Resumo

O presente artigo visa estudar o ato composicional partindo da ideia de solfejos. Tradicionalmente solfejo é tido como a atividade de entoar uma linha melódica (notas e ritmos) de uma partitura sem a ter ouvido previamente, partindo de um repertório perceptivo formado de antemão. Mas tal princípio está também presente de forma profunda e abrangente no ato criativo, pois este lida diretamente com a percepção de quem cria e, por mais que a composição possa ser permeada de buscas pelo novo, ela parte inicialmente de uma bagagem interna construída anteriormente. Portanto, é possível aplicarmos a concepção de solfejo na composição, ampliando-a também à relação entre harmonias, texturas, gestos, afetos, estruturas, etc. Partindo dessa premissa, analisaremos a primeira seção (cc. 1 – 33) de Quando se muda a paisagem…, obra para orquestra de câmara composta por Rodrigo Lima em 2008. Investigaremos pistas de seus solfejos e as diversas camadas que se formam a partir deles. Também faremos considerações sobre o diálogo entre tais solfejos e as ferramentas compositivas escolhidas pelo compositor, abrangendo: 1) exemplos de uso de uma matriz harmônica, 2) algumas formas de continuidade energética, 3) amplificações e coleções de materiais, 4) sobreposições de eventos e 5) cortes.

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Biografia do Autor

Pedro Yugo Sano Mani, Universidade de São Paulo

- Mestrando em Sonologia - Processos de Criação Musical pelo Departamento de Música da Universidade de São Paulo, sob orientação de Silvio Ferraz. Início em 2018.

- Graduado em Música pela Universidade de São Paulo (Habilitação em Composição). Teve aulas de composição com Silvio Ferraz, Ronaldo Miranda e Fernando Iazzetta. 2012 - 2017.

- Violão clássico na EMESP - Tom Jobim com o violonista Paulo Martelli. 2010 - 2011.

- Tem experiência na área de Música com ênfase em Composição Musical. Já atuou como compositor para música de concerto, música de cena (teatro), confecção de CDs e música para curtas metragens, além de ter atuado como instrumentista em apresentações musicais e pelas teatrais.

Silvio Ferraz Mello Filho, Universidade de São Paulo

- Professor do curso de composição do Departamento de Música da Universidade de São Paulo. Início em 2014.

- Professor Associado do departamento de música do Instituto de Artes da UNICAMP. 2002 - 2013.

- Diretor Pedagógico da Escola de Música do Estado de São Paulo. 2009 - 2010.

- Diretor do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. 2009 -2010.

- Professor voluntário do programa de pós-graduação em Música da ECA- USP. 2009 - 2010.

- Doutor em Comunicação e Semiótica. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 1992 - 1996.

- Mestre em Artes. Universidade de São Paulo. 1987 - 1991.

- Graduado em Música. Universidade de São Paulo. 1977 - 1982.

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Publicado

2020-01-25

Como Citar

Sano Mani, P. Y., & Mello Filho, S. F. (2020). A obra Quando se muda a paisagem…, de Rodrigo Lima, como um processo de solfejos. DEBATES - Cadernos Do Programa De Pós-Graduação Em Música, (23). Recuperado de https://seer.unirio.br/revistadebates/article/view/8963