A morte nos filmes soviéticos e russos sobre a Segunda Guerra

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9789/2525-3050.2023.v8n16.e11879

Palavras-chave:

Monumento, Cinema, Segunda Guerra, URSS

Resumo

A frequência e as diversas representações da morte no cinema soviético e russo sobre a Segunda Guerra foram modificadas ao longo do tempo. A cine-história cinematográfica de Marc Ferro permite identificar as tensões que as alimentaram: diferentes grupos políticos, memórias sociais e conjunturas históricas produziram na URSS obras monumentalizadoras e desmonumentalizadoras (parciais ou totais) sobre o significado da morte. Após seu fim, essa tensão foi mantida pelas fontes de financiamento internas ou externas. Foram selecionados 54 filmes bélicos produzidos entre 1945 e 2019 (32 soviéticos, 22 russos, inclusive refilmagens) considerados de interesse, pela maneira de expressão de tais variações e periodicidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Moises Franciscon, Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Paraná, Brasil

A frequência e as diversas representações da morte no cinema soviético e russo sobre a Segunda Guerra foram modificadas ao longo do tempo. A cine-história cinematográfica de Marc Ferro permite identificar as tensões que as alimentaram: diferentes grupos políticos, memórias sociais e conjunturas históricas produziram na URSS obras monumentalizadoras e desmonumentalizadoras (parciais ou totais) sobre o significado da morte. Após seu fim, essa tensão foi mantida pelas fontes de financiamento internas ou externas. Foram selecionados 54 filmes bélicos produzidos entre 1945 e 2019 (32 soviéticos, 22 russos, inclusive refilmagens) considerados de interesse, pela maneira de expressão de tais variações e periodicidade.

Referências

Aleksiévitch, S. (2016). A Guerra não tem rosto de mulher. São Paulo: Companhia das Letras.

Anderson, B. (2008). Comunidades imaginadas. São Paulo: Companhia das Letras.

Bo, J. L. (2019). Cinema para russos, cinema para soviéticos. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo.

Bogachev, B. (2017). For the Motherland! For Stalin! Oxford: Oxford University Press.

Clairvaux, B. (1993). Obras completas de San Bernardo. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos.

Clark, K. (2000). The Soviet novel: history as ritual. Bloomington: Indiana University Press.

Davies, R. W.; Harrison, M. & Wheatcroft, S. G. (2005). Economic transformation of the Soviet Union, 1913–1945. Cambridge: Cambridge University Press.

Dobroszycki, L. & Gurock, J. (1993). The Holocaust in the Soviet Union. Armonk: M.E. Sharpe.

Donald, R. (2017). Hollywood enlists! Propaganda films of World War II. Lanham: Rowman & Littlefield.

Edele, M. (2008). Soviet veterans of the Second World War: a popular movement in an authoritarian society, 1941-1991. Oxford: Oxford University Press. https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199237562.001.0001

Edwards, R. (Org.). (2018). The Eastern Front. Lanham: Stackpole Books.

Fedor, J.; Kangaspuro M.; Lassila J. & Zhurzhenko, T. (2017). War and memory in Russia, Ukraine and Belarus. London: Palgrave Macmillan. https://doi.org/10.1007/978-3-319-66523-8

Ferro, M. (1975). O filme: uma contra-análise da sociedade?. In P. Nora. (Org.). História: novos objetos (pp. 202-203). Rio de Janeiro: Francisco Alves.

Ferro, M. (1992). Cinema e história. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Ferro, M. (2008). El Cine, una visión de la historia. Madrid: Akal.

Figes, O. (2017). Uma história cultural da Rússia. Rio de Janeiro: Record.

Fonseca, O. (2018). Impressões de Maksim Górki sobre Vassíli Sleptsov. Cadernos de Literatura em Tradução, 20, 250-268. https://doi.org/10.11606/issn.2359-5388.v0i20p250-268

Forczyk, R. (2021). Stalingrad 1942–43. Oxford: Osprey.

Glantz, D. (1999). Zhukov's greatest defeat. Lawrence: University Press of Kansas.

Hinerman, N. & Glahn, J. A. (2012). The Presence of the dead in our lives. Nova York: Rodopi. https://doi.org/10.1163/9789401208529

Hodgson, K. (1996). Written with the bayonet: Soviet Russian poetry of World War Two. Liverpool: Liverpool University Press. https://doi.org/10.5949/UPO9781846317637

Kattago, S. (2009). War memorials and the politics of memory: the Soviet war memorial in Tallinn. Constellations, 16 (1), 150-166. https://doi.org/10.1111/j.1467-8675.2009.00525.x

Khrushchev, N. (1971). Memórias. São Cristovão: Artenova.

Koppes, C. & Black, G. (1990). Hollywood goes to war: how politics, profits and propaganda shaped World War II movies. Berkeley: University of California Press.

Labarrère, A. (2009). Akal Atlas del Cine. Madrid: Akal.

Lawton, A. (1992a.). Kinoglasnost: Soviet cinema in our time. Cambridge: Cambridge Press.

Lawton, A. (Org.). (1992b) The Red screen. London: Routledge.

Le Goff, J. (2003). História e Memória. Campinas: UNICAMP.

Lowe, K. (2017). Continente selvagem: o caos na Europa depois da Segunda Guerra. Rio de Janeiro: Zahar.

Maslov, A. (2016). Fallen Soviet generals. London: Routledge. https://doi.org/10.4324/9781315037882

McDowell, J. (1974, September). Soviet civil ceremonies. Journal for the Scientific Study of Religion, 13 (3), 265-279. https://doi.org/10.2307/1384758

Montefiore, S. (2006). Stálin: a corte do czar vermelho. São Paulo: Companhia das Letras.

Morland, P. (2019). A maré humana. Rio de Janeiro: Zahar.

Munhoz, S. (2020). Guerra Fria: história e historiografia. Curitiba: Appris.

Napolitano, M. (2010). Vencer satã só com orações: políticas culturais e cultura de oposição no Brasil dos anos 1970. In D. Rollemberg & S. Quadrat (Orgs.). A construção social dos regimes autoritários: Brasil e América Latina (pp. 145-176). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Napolitano, M. (2011). A escrita fílmica da história e a “monumentalização” do passado. In M. H. Capelato; E. Morettin; M. Napolitano & E. T. Saliba. História e cinema (pp. 65-84). São Paulo: Alameda.

O'brien, M.-E. (2006). Nazi cinema as enchantment: the politics of entertainment in the Third Reich. Rochester: Camden House.

Oliveira, D. (2011). O cinema e a Segunda Guerra Mundial no século XXI. Anais do VIII Encontro Nacional de História da Mídia. Universidade Estadual do Centro-Oeste.

Pereira, W. P. (2012). O Poder das Imagens. São Paulo: Alameda.

Piovezan, A. (2014). Morrer na guerra: instituições, ritos e devoções no Brasil (1944-1967). [Tese de Doutorado em História, Universidade Federal do Paraná], Curitiba, PR.

Segrillo, A. (2015). De Gorbachev a Putin. Curitiba: Prismas.

Shaun. W. (2016, November 23). Russian war film set to open amid controversy over accuracy of events. The Guardian, online. https://www.theguardian.com/film/2016/nov/23/russian-war-film-set-to-open-against-controversy-over-accuracy-of-events.

Taylor, R. (1998). Film Propaganda: Soviet Russia and Nazi Germany. Londres: I.B. Tauris.

Thurston, R. & Bonwetsch, B. (2000). The people's war: responses to World War II in the Soviet Union. Chicago: University of Illinois Press.

Youngblood, D. (2007). Russian war films: on the cinema front, 1914-2005. Lawrence: University Press of Kansas.

Zinchenko, O. (Org.). (2018). The war and myth. Kiev: Ukrainian Institute of National Remembrance.

Downloads

Publicado

2023-07-01

Como Citar

Franciscon, M. (2023). A morte nos filmes soviéticos e russos sobre a Segunda Guerra. Revista M. Estudos Sobre a Morte, Os Mortos E O Morrer, 8(16). https://doi.org/10.9789/2525-3050.2023.v8n16.e11879