Apresentação do Dossiê nº18: Morte aparente e os fins últimos do corpo (séculos XVIII e XIX)

Autores

  • Jean Luiz Neves Abreu Universidade Federal de Uberlândia - Minas Gerais, Brasil
  • Mara Regina do Nascimento Universidade Federal de Uberlândia – Minas Gerais, Brasil
  • André Luís Lima Nogueira Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert – Espírito Santo, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.9789/2525-3050.2024.v9n18.e13347

Palavras-chave:

Morte aparente, Enterros precoces, Fins últimos, Cadáver, Óbitos

Resumo

O que define os limites entre a vida e a morte? Para além de suas dimensões éticas, religiosas, filosóficas e subjetivas, essa pergunta vem acompanhando os debates médicos durante anos. Desde a Antiguidade, ao escreverem seus prognósticos, os médicos procuravam definir os sinais que indicavam o estado de morte. Os textos reunidos neste dossiê revelam as diversas matizes de um debate que se constituiu entre fins do século XVIII e XIX, no contexto europeu e no Brasil. De forma geral, as análises apontam a tentativa dos médicos em se apropriar cada vez mais do corpo morto como objeto da ciência, seja para perscrutar nele os sinais da morte, seja para tomá-lo como objeto de estudo e de manipulação. Por um lado, os médicos buscavam evitar os enterros prematuros; por outro, a morte aparente serviu de mote para defender o monopólio médico sobre os óbitos e os sepultamentos. A despeito dos conhecimentos médicos que se têm hoje sobre a definição de morte, casos de pessoas consideradas mortas que retornam à vida, esses lázaros do século XXI continuam a despertar a curiosidade e o imaginário populares e a suscitar debates entre os médicos sobre os limites entre a vida e a morte.
No intuito de refletir sobre as questões que envolvem os fins últimos do corpo, o presente dossiê reúne artigos que procuram debater sobre o tema. Resultado de um projeto de pesquisa e da colaboração de pesquisadores de instituições brasileiras e internacionais, os textos aqui apresentados perpassam por diversas perspectivas sobre os usos do corpo post-mortem e a morte aparente.

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Biografia do Autor

Jean Luiz Neves Abreu, Universidade Federal de Uberlândia - Minas Gerais, Brasil

Doutor em História pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professor da Universidade Federal de Uberlândia, onde atua nos cursos de graduação em História e Pós-Graduação, do Instituto de História. CV: http://lattes.cnpq.br/2300258713505621

Mara Regina do Nascimento, Universidade Federal de Uberlândia – Minas Gerais, Brasil

Doutora em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora no Instituto de História da Universidade Federal de Uberlândia e no Programa de Pós-Graduação em Ensino de História (PPGEH), da Rede Nacional do ProfHistória. CV: http://lattes.cnpq.br/2310487474847634

André Luís Lima Nogueira, Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert – Espírito Santo, Brasil

Doutor em História das Ciências e da Saúde (FIOCRUZ). Professor no Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert – ISEPAM/FAETEC e no Programa de Mestrado Profissional do Centro Universitário Vale do Cricaré – S. Mateus/ES. CV: http://lattes.cnpq.br/8857028422479286

Referências

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Zola, E. (s.d). A morte de Olivier Bécaille. Edição Kindle.

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Publicado

2024-06-30

Como Citar

Abreu, J. L. N., Nascimento, M. R. do, & Nogueira, A. L. L. (2024). Apresentação do Dossiê nº18: Morte aparente e os fins últimos do corpo (séculos XVIII e XIX) . Revista M. Estudos Sobre a Morte, Os Mortos E O Morrer, 9(18). https://doi.org/10.9789/2525-3050.2024.v9n18.e13347