Para morrer basta estar vivo: um olhar sobre a morte violenta na coluna “Zona Franca” do jornal Diário dos Campos (Ponta Grossa, Paraná: 1976 – 1978)
DOI:
https://doi.org/10.9789/2525-3050.2019.v4i8.383-396Palabras clave:
Morte e imprensa, Sensacionalismo, Violência, CadáveresResumen
A morte é uma das etapas da existência humana que tem sua explicação sustentada em diferentes pontos de vista que a princípio seguem linhas paralelas de compreensão, modificando-se no interior de culturas, crenças e sociedades. Nesse trabalho, tomamos a morte violenta como objeto de análise, buscando compreender como foi representada nas notícias publicadas no jornal Diário dos Campos da cidade de Ponta Grossa/PR, no espaço da coluna “Zona Franca”, entre março de 1976 e março de 1978. A forma como as narrativas foram construídas nesse período, nos levaram a associá-las à perspectiva do jornalismo sensacionalista, compreendida aqui pelo tom de brincadeira das matérias, que se distanciavam do aspecto trágico que o relato revelava e expunham em vários momentos imagens das mutilações dos cadáveres.Descargas
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