Ritos de morte no congado mineiro: os Arturos

Rosângela Paulino de Oliveira

doi:10.9789/2525-3050.2018.v3i6.421-441

Autores

Rosângela Paulino de Oliveira Departamento de Comunicação. Universidade Cruzeiro do Sul Av. Dr. Ussiel Cirillo, 111 - Vila Jacuí - São Paulo - SP

DOI:

https://doi.org/10.9789/2525-3050.2018.v3i6.421-441

Palavras-chave:

Comunidade dos Arturos – Morte – Ritos fúnebres – Congadas – ancestrais – Irmandades do Rosário

Resumo

O objetivo deste artigo é investigar o sentido da morte para os congadeiros da Comunidade dos Arturos, localizada no Município de Contagem, Minas Gerais. Os Arturos representam um dos grupos mais antigos e tradicionais de congada de Minas Gerais, e é responsável por um patrimônio cultural de mais de 120 anos. Nesta comunidade os velhos, guardiões dos saberes ancestrais, tentam, com perseverança, vencer a dessacralização da vida e da morte pelas emergências da modernidade, e manter os ritos de passagem como forma de preservar os saberes adquiridos ao longo dos tempos e transmitidos de geração em geração.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rosângela Paulino de Oliveira, Departamento de Comunicação. Universidade Cruzeiro do Sul Av. Dr. Ussiel Cirillo, 111 - Vila Jacuí - São Paulo - SP

Doutora em Ciências Sociais – Antropologia, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP. Professora do Departamento de Comunicação da Universidade Cruzeiro do Sul - Unicsul/SP.

Referências

ARIÈS, Phillipe. O homem diante da Morte. Tradução de Luzia Ribeiro. São Paulo: Editora Unesp, 2014. 837p.

BERNARDO, Teresinha. Memória em branco e negro: olhares sobre São Paulo. São Paulo: EDUC: Fundação Editora Unesp, 1998. 207p.

BOSCHI, Caio César. Os Leigos e o Poder: Irmandades Leigas e Política Colonizadora em Minas Gerais. São Paulo: Ed. Ática, 1986. 254p.

CASCUDO, Luiz da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. Brasília, 1972. 716p.

CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ed. Ática, 2000. 567p.

DAMATTA, Roberto. A casa e a rua: espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987. 178p.

DURKHEIM, Émile. Formas elementares da vida religiosa: o sistema totêmico na Austrália. Tradução Joaquim Pereira Neto. São Paulo: Ed. Paulinas, 1989. 536p.

ELIADE, Mircea. O mito do eterno retorno. Arquétipos e repetição. Trad. José A Ceschin. São Paulo: Mercuryo, 1991. 171p.

ELIAS, Norbert. A solidão dos moribundos. Seguido de “Envelhecer e morrer”. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001. 107p.

GENNEP, Arnold van. Os ritos de passagem. 2ª. ed., Tradução Bras. Mariano Ferreira. Petrópolis, Vozes, 2011. 168p.

GOMES, Núbia Pereira de Magalhães e PEREIRA, Edimilson de Almeida. Arturos: olhos do rosário. Belo Horizonte: Mazza Edições, 1990. 106p.

GOMES, Núbia Pereira de Magalhães e PEREIRA, Edimilson de Almeida. Negras Raízes Mineiras: Os Arturos. 2ª edição. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2000. 631p.

HABERMAS, J. O discurso filosófico da Modernidade. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 550p.

LOPES NETO, Antônio Lisboa. As irmandades religiosas mineiras no período colonial. Trabalho de conclusão de curso (Monografia em Gestão de Projetos Culturais). Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. 29p. Disponível em: <http://paineira.usp.br/celacc/sites/default/files/media/tcc/177-583-1-PB.pdf>. Acesso em 06/03/2019.

LUCAS, G. Os Sons do Rosário: o congado mineiro dos Arturos e Jatobá / Glaura Lucas. - Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. 360p.

LUCAS, Glaura e LUZ, José Bonifácio da (Coord.). Cantando e reinando com os Arturos. Belo Horizonte: Editora Rona, 2006. 108 p. [Livro-CD-Rom].

MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a dádiva. In:____. Sociologia e antropologia. Volume II. São Paulo: Edusp, p. 39-67, 1974.

MAUSS, Marcel. A expressão obrigatória dos sentimentos (rituais orais funerários australianos). In: ____. Ensaios de Sociologia. São Paulo: Perspectiva, p. 325-335, 2001.

MORIN, Edgar. Educação e complexidade: Os sete saberes e outros ensaios. São Paulo: Cortez, 2005. 112p.

OLIVEIRA, Rosângela Paulino de. Os Arturos: unidos pela festa. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2005. 152p.

OLIVEIRA, Rosângela Paulino de. Morte tradicional em sociedade moderna: Os ritos de morte na Comunidade dos Arturos. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2011. 211p.

POLLAK, Michael. Memória, Esquecimento, Silêncio. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 3-15, 1989.

QUINTÃO, Antônia Aparecida. As irmandades de pretos e pardos em Pernambuco e no Rio de Janeiro na época de D. José I: um estudo comparativo. In: NIZZA, Maria Beatriz da Silva (Org.). Brasil: Colonização e escravidão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, p. 163-176, 2000.

REIS, João José. A morte é uma festa: Ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. 357p.

RODRIGUES, C. Lugares dos mortos na cidade dos vivos: tradições e transformações fúnebres no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, 1997. 276 p. (Coleção Biblioteca carioca; v. 43. Série publicação científica)

TURNER, Victor. O processo ritual. Petrópolis: Vozes, 1995. 200p.

VARELA, João Sebastião das Chagas. Da Bahia do Senhor do Bonfim: Factos, vultos e typos populares. Salvador, 1936. 278p.