A COLONIALIDADE DO SABER EM MÚSICA
NARRATIVAS SOBRE A PRESENÇA DO MÚSICO GIUSEPPE MASINI EM LAJE DO MURIAÉ NO ÚLTIMO QUARTO DO SÉCULO XIX
Palabras clave:
Laje do Muriaé, Giuseppe Masini, Colonialidade, Acervo José Carlos Ligiéro, Noroeste FluminenseResumen
Três trabalhos sobre aspectos históricos da região noroeste fluminense, mais especificamente de Laje do Muriaé (RJ), destacam que um músico italiano chamado Giuseppe Masini chegou na localidade na segunda metade do século XIX, vindo do Rio de Janeiro, e que teria modificado completamente a vida cultural lajense. O objetivo deste artigo é discutir sobre como a presença do músico italiano e a narrativa desta presença podem ser compreendidas como índices de colonialidade. Notamos que o processo de aburguesamento da sociedade lajense é impulsionado pela ascensão econômica da região, sobretudo a partir das lavouras de café, mas também pela presença de uma música baseada num modelo cortesão de matriz europeia, cujo impacto teve reflexos perenes no pensamento musical na microrregião e suas adjacências.
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