Editorial: v.05, n.10, jul./dez.2020
DOI:
https://doi.org/10.9789/2525-3050.2020.v5i10.184-187Abstract
Ainda que seja temática cada vez mais abordada nas diferentes áreas do conhecimento e setores da sociedade, nunca se falou tanto sobre a morte, os mortos e o morrer como no atual contexto pandêmico desse ano de 2020. Com distintas gradações, os diversos países, cidades e localidades vivenciam o drama da quantidade excessiva de mortes, as formas de publicização dos números e os sub-registros, seus impactos sobre o sistema funerário, o desdobramento da legislação restritiva em torno dos ritos fúnebres e seus efeitos sobre a vivência do luto. A partir da delicada e complexa questão dos registros e sub-registros, e da contabilidade do montante de mortos pela pandemia, especialmente no Brasil – cujo governo federal adota uma política neoliberal de direita com postura negacionista em relação à ciência e administração da pandemia –, escolhemos o tema da gestão estatal dos mortos, para reflexão de nossos leitores e leitoras. Mais especificamente, trata-se da abordagem das formas institucionalizadas de construção das desigualdades socioeconômicas e culturais, por meio do tratamento dos mortos, com o objetivo de auxiliar a análise e compreensão dos inevitáveis impactos dessas desigualdades acerca da gestão dos mortos em decorrência da Covid-19.Downloads
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