Quando começa e quando termina a pesquisa netnográfica? O grupo Profiles de Gente Morta

Auteurs

  • Andréia Martins Centre for Death and Society – CDAS Department of Social and Policy Sciences. University of Bath 3 East, BA2 7AY - Bath, Somerset http://orcid.org/0000-0001-8050-3377

DOI :

https://doi.org/10.9789/2525-3050.2017.v2i3.259-283

Résumé

Este relato oferece algumas reflexões surgidas durante pesquisas netnográficas que possuem a morte como tema. As considerações aqui apresentadas são advindas de pesquisas conduzidas em três momentos, no decorrer de oito anos, em um grupo intitulado Profiles de Gente Morta, originado no Orkut e atualmente no Facebook, entre 2009 e 2017, que tem como objetivo a catalogação de perfis de usuários de redes sociais que já faleceram. A hipótese levantada neste relato é a de que, quando o pesquisador desenvolve diversos papeis no campo de pesquisa, os limites do campo e os papeis exercidos podem ser um pouco mais difíceis de determinar, tornando-se fluidos. Para ilustrar o conceito de fluidez, este trabalho conta com a narrativa de duas experiências vividas em campo durante o desenvolvimento de uma pesquisa de doutorado em Ciências Sociais sobre a prática do velório virtual.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur

Andréia Martins, Centre for Death and Society – CDAS Department of Social and Policy Sciences. University of Bath 3 East, BA2 7AY - Bath, Somerset

Estudante de PhD na University of Bath, Somerset, Inglaterra. Mestre em Antropologia (2013) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Brasil. É membro do Centre for Death and Society (CDAS) e pesquisa a morte na Internet, virtualização dos rituais funerários e os velórios virtuais desde 2008.

Références

FLICK, Uwe. The Sage Handbook of qualitative data analysis. Londres: Sage, 2013. 664p. FRAZER, James George. The golden bough. Nova Iorque: Dover, 2003. 768p.

GOFFMAN, Erving. A Representação do Eu na Vida Cotidiana. Petrópolis: Vozes, 1985. 236p.

HINE, Christine. Virtual Ethnography. California: Sage. 2000. 192p.

KOZINETS, Robert. Netnography. Doing ethnographic research online. Londres: Sage, 2010. 221p.

KÜBLER-ROSS, Elizabeth. Sobre a morte e o morrer. São Paulo: Martins Fontes, 2008. 296p.

LÉVY, Pierre. O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 2007. 157p.

MALINOWSKI, Bronislau. Os Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril Cultural, 1984. 424p.

MARTINS, Andréia de Sousa. Plateias da morte: discutindo o fim da vida em comunidades e Velórios Virtuais. Dissertação (Mestrado em Antropologia). Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, 2013. 102p.

ethnography: Principles and Practice. Londres: Sage, 2016. 202p. ROACH, Mary. Curiosidade Mórbida. São Paulo: Paralela, 2015. 272p. RODRIGUES, Carlos. Tabu da morte. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006. 260p.

SONTAG, Susan. Diante da dor dos outros. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. 107p.

WALTER, Tony. Modern death: taboo or not taboo? Sociology. Londres, vol. 25, nº. 2, pg. 293- 310, Maio 1991. Disponível em: <https://www.jstor.org/stable/42857623?seq=1#page_scan_tab_contents>. Acesso: 25/11/2016.

Téléchargements

Publiée

2019-02-25

Comment citer

Martins, A. (2019). Quando começa e quando termina a pesquisa netnográfica? O grupo Profiles de Gente Morta. Revista M. Estudos Sobre a Morte, Os Mortos E O Morrer, 2(3), 259–283. https://doi.org/10.9789/2525-3050.2017.v2i3.259-283