Escola Tasso da Silveira e sensíveis interpretações para a devida mediação memorial
Palabras clave:
Memória Social, Prática Cultural Tanatológica, Comunicologia, Mediação CulturalResumen
O presente artigo analisa, a partir de um recorte específico sobre os crimes ressignificados com intervenções artístico-urbanas, mapeadas em ruas da zona sul carioca. Trata-se de contribuir para a interpretação, com a posterior mediação entre estas imagens de dor e o público transeunte, nos muitos modos possíveis de representar publicamente as memórias de nefastas ocorrências. Partindo de uma compreensão comunicológica flusseriana, entende-se que as intervenções fazem parte de uma prática cultural de base fúnebre ou tanatológica. O recorte referido diz respeito à ocorrência em 4 de abril de 2011, no bairro carioca de Realengo, quando um ex-aluno adentrou a Escola Tasso da Silveira e promoveu a matança de 12 crianças em idade escolar, horrível evento que foi ressignificado em seguida, com os afetivos gestos enlutados de memória, da parte da população local e, anos depois, por parte da prefeitura, que instalou um conjunto escultórico em bronze.
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