Métodos tradicionais de avaliação do consumo alimentar e dietético são aplicáveis em pessoas com deficiência visual?

Autores

  • Ursula Viana Bagni
  • José Augusto Torres Estavam
  • Thaís Lima Dias Borges

Resumo

Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar a capacidade autorreferida de pessoas com deficiência visual de informar detalhes sobre a própria alimentação, inerentes aos métodos tradicionais de avaliação do consumo alimentar e dietético. Método: Por meio de entrevista, foram investigados aspectos socioeconômicos e demográficos e relacionados à deficiência visual. Questionou-se a capacidade de informar com precisão, e sem o auxílio de outras pessoas, os seguintes aspectos relacionados aos alimentos consumidos: frequência, quantidade, tipo, forma de preparo, ingredientes presentes nas preparações. Resultados: Dentre os participantes (n=98), a maioria era adulta (84,7%), do sexo masculino (57,1%), com baixa visão (54,1%) e possuía deficiência visual há mais da metade de sua vida (58,2%). As dificuldades mais frequentes foram relatar a quantidade (17,3%) e a frequência de consumo dos alimentos (16,3%), bem como apontar os ingredientes das preparações (14,3%). Pessoas com cegueira e que possuíam a deficiência visual por mais da metade da vida relataram mais dificuldade em informar a quantidade dos alimentos (24,4% e 24,6% respectivamente). Conclusão: Elevada proporção de participantes considerou-se incapaz de informar detalhes relevantes sobre própria alimentação, o que limita o uso dos métodos tradicionais de avaliação do consumo alimentar em pessoas com diferentes graus de deficiência visual.

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Publicado

2020-06-29