O contestado e a construção do mito do herói de guerra João Gualberto

Autores

  • Ana Paula Motta Secretaria de Estado de Educação do Paraná (SEED/PR) – Curitiba, PR, Brasil
  • Adriane Piovezan Secretaria de Estado de Educação do Paraná (SEED/PR) – Curitiba, PR, Brasil https://orcid.org/0000-0002-1918-7667

DOI:

https://doi.org/10.9789/2525-3050.2023.v8n16.e12267

Palavras-chave:

Culto aos Mortos, Memória, Heroicização, Usos do Passado, Identidade

Resumo

Este artigo analisa a construção do mito do herói João Gualberto, morto na Batalha do Irani durante a Guerra do Contestado (1912-1916). A abordagem feita pela imprensa do período reforça a narrativa de um militar exemplar, sua conduta no evento e os detalhes sobre as cerimônias e homenagens ao oficial. Modelando o imaginário político e cultural e, ao mesmo tempo, sendo por ele modelado, realmente Gualberto também tinha muito da “alma” da capital do Paraná, como veiculado nos discursos póstumos reproduzidos e construídos pelos jornais. A atuação do Regimento de Segurança do Paraná, no espetáculo teatral da morte de João Gualberto, produziu um depositório de lembranças que foram sendo usadas convenientemente, pela corporação, ao longo de décadas para re(inventar) uma tradição do heroísmo enquanto missão institucional.

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Biografia do Autor

Ana Paula Motta, Secretaria de Estado de Educação do Paraná (SEED/PR) – Curitiba, PR, Brasil

Mestre em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atua como professora no Colégio da Polícia Militar do Paraná. CV: http://lattes.cnpq.br/6148085321563275

Adriane Piovezan, Secretaria de Estado de Educação do Paraná (SEED/PR) – Curitiba, PR, Brasil

Doutora em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Atua como professora de Secretaria de Estado de Educação do Paraná (SEED/PR). CV: http://lattes.cnpq.br/0552725334374907

 

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Publicado

2023-07-01

Como Citar

Motta, A. P., & Piovezan, A. (2023). O contestado e a construção do mito do herói de guerra João Gualberto. Revista M. Estudos Sobre a Morte, Os Mortos E O Morrer, 8(16). https://doi.org/10.9789/2525-3050.2023.v8n16.e12267