O contestado e a construção do mito do herói de guerra João Gualberto
DOI :
https://doi.org/10.9789/2525-3050.2023.v8n16.e12267Mots-clés :
Culto aos Mortos, Memória, Heroicização, Usos do Passado, IdentidadeRésumé
Este artigo analisa a construção do mito do herói João Gualberto, morto na Batalha do Irani durante a Guerra do Contestado (1912-1916). A abordagem feita pela imprensa do período reforça a narrativa de um militar exemplar, sua conduta no evento e os detalhes sobre as cerimônias e homenagens ao oficial. Modelando o imaginário político e cultural e, ao mesmo tempo, sendo por ele modelado, realmente Gualberto também tinha muito da “alma” da capital do Paraná, como veiculado nos discursos póstumos reproduzidos e construídos pelos jornais. A atuação do Regimento de Segurança do Paraná, no espetáculo teatral da morte de João Gualberto, produziu um depositório de lembranças que foram sendo usadas convenientemente, pela corporação, ao longo de décadas para re(inventar) uma tradição do heroísmo enquanto missão institucional.
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