A RESILIÊNCIA DO ENFERMEIRO ONCOLÓGICO

Autores

  • Taiane Carvalho Alcantara UNIRIO
  • Simone Martins Nascimento UNIRIO
  • Denise Assis Corrêa Sória UNIRIO

DOI:

https://doi.org/10.9789/2175-5361.2010.v0i0.%25p

Palavras-chave:

Resiliência, Enfermagem, Câncer

Resumo

A Resiliência do Enfermeiro Oncológico.

 

**Taiane Carvalho Alcantara,

** Simone Martins Nascimento, * Denise de Assis Corrêa Sória.

* Professora Doutora Chefe do Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – UNIRIO.

** Alunas do nono período da graduação em enfermagem da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto – UNIRIO.

 

Introdução

A resiliência é freqüentemente referida por processos que explicam a superação de crises e adversidades em indivíduos, grupos e organizações. Nota-se que a resiliência como conceito vem sendo bastante discutida do ponto de vista teórico e metodológico, dotando-se de abrangência e aplicabilidade em várias áreas de interesse da comunidade científica, representando um novo espaço de investigação (YUNES, 2001).

Resiliência refere-se à capacidade de um ser humano (indivíduo, família ou mesmo uma comunidade) de construir uma trajetória de vida positiva/saudável, apesar de viver em um contexto adverso. Trata-se de um fenômeno complexo e dinâmico que se constrói de forma gradativa, a partir das interações vivenciadas pelo ser humano e seu ambiente, as quais podem promover a capacidade de enfrentar com sucesso situações que representam ameaça ao seu bem estar (SILVA, 2003).

O diagnóstico do câncer e seu tratamento, geralmente produzem transtornos psicológicos resultantes dos próprios sintomas da doença, assim como das percepções que o paciente e sua família têm da doença e do seu estigma. Os pacientes têm medos em comum: a morte; a dependência do companheiro ou companheira, da família e do médico; a mudança na imagem corporal com a desfiguração, às vezes, resultando na perda ou na mudança da função sexual; incapacidades que interferem na realização do trabalho ou lazer; ruptura das relações interpessoais; desconforto ou dor nos estágios avançados (LESKO,1997).

 Os profissionais de saúde que, cotidianamente convivem com a doença, o sofrimento e a morte, desenvolvem maneiras peculiares de enfrentar tal ameaça. São conhecidas e amplamente estudadas as reações mais freqüentes de tais profissionais, sendo que os estudos abordam desde questões da formação até problemas a nível pessoal e institucional decorrentes do contato com a morte (HOFFMANN,1991).

Objetivo:

Mapear a produção científica, nacional e internacional sobre a resiliência nos Profissionais de Enfermagem em Oncologia, e discutir sua aplicabilidade na assistência.

Metodologia:

Revisão sistemática sem meta análise. Utilizamos os descritores resiliência e enfermagem; resiliência, câncer e oncologia; resilience and nursing; resilience, câncer and oncology. Realizamos busca nas bases PubMed, Medline, LILACS e BDENF. Utilizamos os sites da Oncology Nursing Society (NOS) e da International Society of Nurses in Cancer Care. O recorte temporal foi de 1990 a 2006. Os dados foram categorizados pelas bases de dados, ano e área da publicação, e concepção de resiliência.

Resultados:

O estudo demonstrou que a discussão da resiliência dos profissionais de enfermagem em Oncologia são escassos. Sendo este tema de grande importância, pois os profissionais de enfermagem lidam com grandes fatores de estresse neste campo de trabalhos, pois estão expostos aos fatores de riscos, caracterizados pelo contato estreito com a terminalidade, finitude, dor e desesperança, tão presentes no cotidiano da assistência ao paciente com câncer.

 Conclusão:

Acreditamos que, dado seu potencial, a resiliência é um conceito que pode ser significativo para o redimensionamento das pesquisas na Enfermagem em Oncologia, contribuindo para reflexões na assistência, na gerência, no ensino e na pesquisa.

Considerando o cenário da Oncologia, dotado com especificidades inerentes e de alta complexidade organizacional, assistencial e gerencial, o conceito de resiliência reveste-se de aplicabilidade teórica e prática, podendo contribuir com um novo olhar para a assistência em saúde, nessa área específica.

De acordo com os achados desta revisão, fica clara a importância e a necessidade do incremento na produção científica sobre a resiliência na Enfermagem em Oncologia, que ainda pode ser caracterizada como escassa.

Referencias:

HOFFMANN, L.M.A. Os médicos e a morte na infância: a representação de um tema interditado. Rio de Janeiro, 1991. 115 p. Dissertação (Mestrado) - Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz.      

LESKO LM. Psychologic isues. In: De Vita Jr VT, Hellman S, Rosenberg SA, editores. Cancer: principles & practice of oncology. 5th ed. Philadelphia: Lippincott-Ravewn; c1997.

SILVA MRS. A construção de uma trajetória resiliente durante as primeiras etapas do desenvolvimento da criança: o papel da sensibilidade materna e do suporte social [tese]. Florianópolis (SC): Pós Graduação em Enfermagem/ UFSC; 2003.

YUNES MAM. Resiliência: noção, conceitos afins e considerações críticas. In: Tavares J, organizador. Resiliência e educação. São Paulo: Cortez; 2001.  

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Publicado

2010-12-27

Como Citar

1.
Alcantara TC, Nascimento SM, Sória DAC. A RESILIÊNCIA DO ENFERMEIRO ONCOLÓGICO. Rev. Pesqui. (Univ. Fed. Estado Rio J., Online) [Internet]. 27º de dezembro de 2010 [citado 20º de abril de 2024];. Disponível em: https://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/1164

Edição

Seção

Revisão Sistemática de Literatura

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