Política de arquivamento digital
Para garantir a preservação, usabilidade e acessibilidade do conteúdo para disponibilização em longo prazo, há a necessidade de políticas e ações de gestão, denominadas de política de preservação digital.
Princípio do arquivamento digital
- Propriedade Intelectual : A RPCFO está empenhada em fornecer acesso a materiais digitais, respeitando e defendendo os direitos de propriedade intelectual dos autores e obtendo consentimento prévio.
- Acesso : As atividades de preservação digital são realizadas com o objetivo principal de acesso de longo prazo às coleções digitais.
- Autenticidade : garante que os dados permaneçam inalterados e os dados originais sejam preservados.
Desafios para a preservação de dados digitais
- Tecnologia (ao nível de: hardware, software de sistema, software de aplicação, formatos de dados e ficheiros, leitores e controladores de meios de armazenamento)
- Falta de metadados que resulta na falha na localização da informação, também na incapacidade de processar e ler a informação, devido à falta de informação contextual.
- A mídia usada para armazenar registros digitais geralmente é instável e se deteriora em poucos anos ou décadas, no máximo, tornando os registros digitais inacessíveis.
- Formatos de arquivo incompatíveis, especialmente para software mais antigo.
- Os registros digitais podem ser perdidos em caso de calamidades naturais, como incêndio, inundação, terremoto, falha de equipamento ou ataque de vírus que desative dados e sistemas armazenados.
- Os registros digitais podem estar bem protegidos, mas tão mal identificados e descritos que os usuários em potencial não conseguem encontrá-los.
- A descontinuação da revista por qualquer motivo leva à extinção da pesquisa publicada, a preservação digital mantém a pesquisa disponível.
Direitos de autoarquivamento
Todos os autores possuem direitos autorais completos e direitos de auto-arquivamento. Nossas políticas de auto-arquivamento são detalhadas no RoMEO (ResearchersLinks é uma editora ecológica da RoMEO, que é um banco de dados de direitos autorais e políticas de auto-arquivamento dos editores).
Além disso, os autores podem arquivar seus artigos em repositórios de acesso aberto como “pré-impressões”.
RPCFO é arquivado na Rede Cariniana
A Rede Cariniana surgiu da necessidade de se criar no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – Ibict uma rede de serviços de preservação digital de documentos eletrônicos brasileiros, com o objetivo de garantir seu acesso contínuo a longo prazo.
O projeto de implantação da Rede foi elaborado baseando-se em uma infraestrutura descentralizada, utilizando recursos de computação distribuída. Uma rede de preservação digital distribuída precisa da participação das instituições detentoras desses documentos e de sua infraestrutura, em um ambiente padronizado e de segurança que garanta o acesso permanente e o armazenamento monitorado dos documentos digitais. Com o apoio da FINEP, em janeiro de 2013 o Instituto aderiu ao Programa LOCKSS da Stanford University.
A participação do Instituto em iniciativas como a do LOCKSS representa uma contribuição significativa para a informação científica no Brasil, que, por conseguinte irá habilitar a preservação do conteúdo de publicações em redes internacionais de instituições participantes da Iniciativa LOCKSS. Inicialmente as atividades foram desenvolvidas em parceria com seis universidades brasileiras com o apoio de seus respectivos centros de informação e de informática. A Rede estruturou inicialmente o serviço de armazenamento dos periódicos eletrônicos das instituições parceiras do projeto, que utilizam a plataforma OJS.
O serviço foi estendido a instituições com publicações de acesso livre, foram incluídos cerca de 1000 títulos de periódicos. A etapa seguinte tem o objetivo de ampliar os serviços da Rede, incluindo a preservação de publicações eletrônicas no software DSpace, tais como livros, teses e dissertações em formato eletrônico. As atividades estão sendo orientadas à formação de recursos humanos e a facilitar a automatização dos processos de identificação, digitalização, armazenamento, validação e conversão para novos formatos digitais.
O desenvolvimento de uma rede de serviços de preservação digital promove o compartilhamento de estudos e pesquisas, além da integração de conteúdos da memória institucional digital de forma consorciada e federada.