O ENFERMEIRO E A PRÁTICA EDUCATIVA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COM MULHERES RIBEIRINHAS, BELÉM-PARÁ, 2010
DOI:
https://doi.org/10.9789/2175-5361.2010.v0i0.%25pPalavras-chave:
Prática educativa, PCCU, mulheres ribeirinhasResumo
LIMA, Mariana Souza de; SOUZA, Klarc Moura de; SANCHES, Bruna Emanuelle dos Santos; PINHEIRO, Dirce Nascimento.
Descritores: Prática educativa, PCCU, mulheres ribeirinhas
INTRODUÇÃO:
O estudo descreve a experiência vivida por um grupo de alunos de enfermagem junto às mulheres ribeirinhas da ilha do Cotijuba, situada em Belém/PA, na região Norte do Brasil. Entende-se que o enfermeiro, membro da equipe de saúde, tem como responsabilidade técnica-político social o desenvolvimento de ações educativas com os usuários do SUS, todavia, para a boa prática educativa é importante a busca da metodologia adequada que incentive a participação da população na promoção e prevenção de doenças, como o câncer do colo do útero, que é uma neoplasia de grande repercussão epidemiológica na cidade de Belém. Segundo estimativas do INCA, em 2010 são esperados 330 novos casos de Câncer de Colo de Útero na capital paraense.
OBJETIVOS:
Desenvolver ações educativas com essas mulheres, que utilizaram esporadicamente o programa de Prevenção e Controle do Câncer do Colo do Útero (PCCU), e incentivar a prática do exame preventivo “Papanicolaou” e a adesão ao respectivo programa.
METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, baseado em relato de experiência, com mulheres residentes na ilha, maiores de 18 anos, com diferentes laços conjugais, graus de ensino e rendas. Todo processo educativo foi desenvolvido em uma escola na ilha, campo da experiência, com 16 mulheres que receberam palestras, após consulta prévia, pré-elaborada, visando à mobilização para a prevenção do câncer da cérvice uterina. No final, eram tomados depoimentos escritos, almejando a percepção e a validade dos encontros e palestras.
RESULTADOS:
Os resultados demonstram que são comuns, naquela localidade, os exames preventivos do PCCU serem realizados sem orientações educativas. Observamos que, com o passar das reuniões, houve comprometimento, participação e interesse, sendo criado um ambiente confortável, facilitando a troca de experiências entre os acadêmicos e as participantes, que fizeram relatos pessoais sobre os direitos sexuais e a violência conjugal, além disso, manifestaram-se conscientes da importância do exame preventivo e a necessidade da prevenção do câncer do colo uterino, tomando decisões em relação a atitudes através da reflexão critica de ambos os atores.
CONCLUSÕES:
As universidades devem repensar e rever suas práticas pedagógicas quanto à formação profissional do homem balizada no entendimento de que a educação é um processo de humanização que ocorre na sociedade com a finalidade explícita de tornar os indivíduos participantes do processo civilizatório e responsáveis por levá-los adiante.
A atuação do Enfermeiro é essencial para incentivar o auto-cuidado, a realização do “Papanicolaou” e educação da população, buscando uma maior aproximação na relação profissional-paciente e criando artifícios que chamem as mulheres com a finalidade de proporcionar melhor qualidade de vida e diminuir o alto índice dessa neoplasia.
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