A ADOÇÃO DO POSICIONAMENTO CORPORAL DA GESTANTE EM TRABALHO DE PARTO E PARTO EM MATERNIDADES GONÇALENSES.
DOI:
https://doi.org/10.9789/2175-5361.2010.v0i0.%25pPalavras-chave:
1.Gestantes 2.Parto 3. PosiçãoResumo
Camila Rodrigues Brandão
Gestantes - Parto - Posição
INTRODUÇÃO
O respeito e a dignidade são a essência da humanização, e o ser humano é capaz de discernir quando informado o que é melhor para si mesmo. Diz-se que o parto é uma experiência singular na vida da mulher, podendo haver temores, alegrias enfim uma ampla gama de sentimentos. A mulher como ser que sente sabe, durante o trabalho de parto, qual a posição mais confortável para parir, e nós profissionais podemos estar junto desta parturiente apoiando e intervindo de forma a tornar este momento o mais confortável e agradável possível, respeitando a mulher como um ser capaz e pensante que decide por si própria, garantindo assim a parturiente uma assistência humanizada livre de descriminação e preconceitos. Na área da saúde podemos observar cenas que nos chamam a atenção, gestantes desinformadas, até mesmo assustadas com dificuldade de enfrentar o trabalho de parto normal por medo e/ou falta de informação. Contudo, há necessidade que se impere o respeito ao ser humano. Esta pesquisa centrou-se na adoção da posição de parto e nascimento por parte das parturientes gonçalenses, por que esta adoção faz com que haja um resgate do protagonismo do parto pela mulher, foi submetida ao comitê de ética e pesquisa da Universidade Salgado de Oliveira, sendo realizada no ano de 2008.
OBJETIVOS
Os objetivos foram conhecer como se dá o processo de adoção da posição por parte da mulher no trabalho de parto, parto e nascimento, aferir se as gestantes receberam informação durante o pré-natal sobre os diferentes tipos de posicionamento que podem assumir durante o trabalho de parto normal e verificar se as puérperas que passaram pelo trabalho de parto normal em maternidades gonçalenses tiveram a possibilidade de optar pelo posicionamento corporal desejado durante o trabalho de parto e nascimento
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo do tipo exploratório com uma abordagem qualitativa tendo como metodologia a observação indireta não participante, com este método objetivou-se adentrar no mundo do parto normal, através da holística das mulheres gonçalenses que passaram por este tipo de parto, ou seja, entrar na cena deste parto guiado pela visão de quem já teve esta experiência. Os dados foram coletados através de entrevistas não estruturadas não-diretivas, implementação de um formulário da pesquisa (entrevista) e uma escala de notas com pontuação de 0-10. As sujeitas participantes foram 15 mulheres, que passaram pelo parto normal em maternidades gonçalenses há no máximo 4 anos, entre 18 a 45 anos, que não eram portadoras de problemas mentais que as incapacitassem de responder pelos seus atos e legalmente por si próprias.
RESULTADOS
Após a coleta de dados foi confeccionada a categorização, havendo cinco categorias e duas subcategorias que trazem respostas as indagações da pesquisa, além da confecção de gráficos que discutem e ilustram os dados encontrados na pesquisa, através do universo das entrevistas feitas, ou seja, das entrevistadas. As categorias foram: Nº01 A precariedade de informação ofertada a gestante-parturiente como fator desencadeador da problemática da não protagonização do parto normal por parte da parturiente gonçalense. Nº02 Parto humanizado versus a realidade gonçalense. Nº2.1 Parto humanizado como escolha. Nº03 Posições corporais versus orientações no pré-natal. Nº3.1 Posições corporais adotadas pelas parturientes gonçalenses. Nº04 Satisfação da parturiente gonçalense com a posição adotada durante o trabalho de parto e nascimento. Nº05 Enfermagem como fator de conforto.
CONCLUSÃO
Conclui que há falta de informação sobre o que seria um parto normal durante o pré-natal, este déficit culmina no despreparo da gestante-parturiente para enfrentar o momento de sua parturição, que deveria ser um dos momentos mais tranqüilos, emocionantes e apaixonantes de sua vida .A parturiente chaga a maternidade sem muita informação, também não recebe grandes orientações na mesma, sem contar que quanto a posições corporais ela não é orientada nem no pré-natal e tão pouco na maternidade.Quanto ao parto humanizado a maioria das sujeitas afirma não ter tido esse tipo de parto e nem se quer sabiam o que significava a terminologia, o que nos trás uma visão negativa neste ponto da maternidade gonçalense com a ausência do parto humanizado. Porém um dado foi relevante e mesmo não sendo objetivo desta pesquisa cabe aqui relatar que as entrevistadas julgaram como bom o trabalho desenvolvido pela enfermagem recebendo atenção e conforto por parte desta. Recomendo que haja uma reformulação no modelo de atenção assistencial prestada a gestante/ parturiente, para que esta possa desfrutar de um parto onde ela seja a protagonista e a assistência apenas expectadora/coadjuvante.
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