A PROMOÇÃO DA SAÚDE DURANTE O PRÉ-NATAL: VISÃO DA PUÉRPERA ACERCA DA VACINAÇÃO CONTRA A HEPATITE B NO RECÉM NASCIDO
DOI:
https://doi.org/10.9789/2175-5361.2010.v0i0.%25pPalavras-chave:
Enfermagem, Hepatite B, Recém-NascidoResumo
Descritores: Enfermagem, Hepatite B, Recém-Nascido
INTRODUÇÃO
A Hepatite B é uma doença infecciosa grave, transmissível, cuja forma crônica é responsável pela cirrose e carcinoma hepatocelular. A prevalência da Hepatite B em gestantes varia de acordo com as diversas regiões do país. A exposição perinatal pode ocorrer durante o parto, pela exposição do recém-nascido a sangue ou líquido amniótico, durante a passagem no canal do parto, mas raramente pela amamentação ou por via transplacentária. Dessa forma o Ministério da Saúde faz uma nova definição nas indicações para a realização da vacinação contra a Hepatite B incluindo a gestante ora não contemplada nas antigas indicações.
OBJETIVOS
Os objetivos traçados para a realização desta pesquisa emergem da necessidade do serviço de imunização do município de Itaguaí: Avaliar o nível de conhecimento acerca da importância da imunização contra a Hepatite B realizada no recém-nascido durante o pós-parto imediato; Traçar o perfil sócio-demográfico das gestantes que utilizam o serviço de obstetrícia do Hospital Municipal São Francisco Xavier e Avaliar o serviço de promoção em saúde realizado durante o pré-natal no que refere-se a aplicação dos imunobiológicos que serão administrados no recém-nascido.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo seccional com análise exploratória de dados. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro de entrevista semi-estruturada, com perguntas abertas e fechadas aplicado exclusivamente para as mulheres no pós-parto no ato da vacinação do recém nascido. As puérperas foram selecionadas aleatoriamente, trata-se este de um estudo transversal de uma amostra de 170 usuárias. Busca-se configurar o perfil epidemiológico das puérperas que utilizaram a maternidade Municipal de Itaguaí.
RESULTADOS
Em decorrência dessa magnitude foi realizado um diagnóstico situacional das puéperas do município de Itaguaí em relação às informações passadas para a gestante a cerca da vacinação contra a Hepatite B. Com a realização das entrevistas foi possível traçar o perfil sócio-demográfico e identificar o nível de conhecimento das gestantes sobre a importância da Vacinação contra a Hepatite B no recém nascido. Os principais resultados revelam que 23,5% das puérperas não menores de 18 anos e 64,7 % encontra-se na faixa etária de 19-29 anos. Destaca-se que 58,8% declaram-se solteiras e 41% possui mais de um filho; 58,8% das puérperas não completaram o ensino fundamental; 29,4 % desconhece a vacina realizada no neonato. Em relação ao pré-natal, a média de consulta foi de 5 atendimentos ao longo da gestação e 76 % revela que é importante ter seu filho vacinado devido a 71% afirmar que a vacina protege a saúde e evita o adoecimento, torna a criança imune e proporciona qualidade no crescimento e desenvolvimento. Avaliando o status vacinal da gestante percebemos que a média de doses feitas de antitetânica antes do parto foi de 1,8 doses por gestante.
CONCLUSÃO
Conclui-se então que o perfil epidemiológico destas puérperas reflete a realidade de mães jovens, que não terminaram seus estudos. Dessa forma, os números sugerem que estas mulheres desconhecem o motivo da importância da Vacina Contra a Hepatite B. Assim, faz-se necessário a implementação de ações que favoreçam o esclarecimento da gestante sobre a importância das vacinas, estimulando assim um compromisso amplo entre mãe e o pré-natal.
REFERENCIAS
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Saúde-- 1. ed.-- Londrina, PR: [s.n], 2006
BRASIL. Ministério da Saúde. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher/Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica da Mulher. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
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