TENSÃO DO PAPEL DO CUIDADOR: IMPLICAÇÕES PARA A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ONCOPEDIATRIA
DOI:
https://doi.org/10.9789/2175-5361.2010.v0i0.%25pPalavras-chave:
Diagnóstico de Enfermagem, Criança, Câncer.Resumo
INTRODUÇÃO: Na prática profissional, o foco de atenção, na maioria das vezes, é o indivíduo doente, cabendo à família/cuidador uma localização mais à margem dos acontecimentos. Os cuidadores, apesar de desempenharem um papel tão fundamental para minimizar o sofrimento e auxiliar no bem-estar, não são reconhecidos como pessoas que estão passando por um processo doloroso e que precisam de ajuda, apoio e orientação. A Tensão do papel do cuidador é um diagnóstico de enfermagem definido como estado em que o indivíduo está apresentando sobrecarga física, emocional, social e/ou financeira no processo de prestar cuidado a outra pessoa. A partir disto, este estudo tem como principal objetivo: identificar na produção científica, as principais características que evidenciam a Tensão do Papel do Cuidador na oncopediatria.
METODOLOGIA: Foi realizado revisão sistemática, em artigos publicados entre 2005 e 2009 selecionados na Biblioteca Virtual de Saúde que abordassem a temática.
RESULTADOS: Foram utilizados 07 artigos, onde prevalecem as recomendações de que haja a criação de grupos de suporte para familiares, acompanhados por equipe multiprofissional. A criança com câncer apresenta um alto grau de dependência, levando a ocorrência de modificações em alguns aspectos da vida do cuidador e afetando as atividades desenvolvidas durante o cuidar. Em comum os cuidadores referem tempo ou energia física insuficiente; dificuldade na realização dos cuidados exigidos e apreensão quanto ao futuro da saúde da criança e à capacidade de prestar cuidados.
CONCLUSÃO: Conclui-se que compreender como os familiares lidam com o câncer da criança pode determinar mudanças no planejamento da assistência voltada a esta díade. A enfermagem precisa desenvolver métodos de assistir o cuidador com uma abordagem sem estereótipos ou preconceitos voltada para a necessidade da assistência, particularizando o cuidado de acordo com a singularidade de cada caso, promovendo desta forma estímulos para que os efeitos negativos do tratamento possam ser superados ou ao menos, amenizados. Além disso, uma adequada relação entre a tríade (criança, família e profissionais de saúde) facilita a conscientização sobre a extensão e a gravidade da doença, a adesão ao tratamento e a confiança entre todos os envolvidos. Para isso, a qualidade dos cuidados indispensados requer estratégias sistemáticas na promoção da saúde valorizando-se o estabelecimento de uma relação terapêutica saudável.
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