ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE OSTEOGÊNESE IMPERFEITA
DOI:
https://doi.org/10.9789/2175-5361.2010.v0i0.%25pPalabras clave:
Osteogênese Imperfeita. Enfermagem. Pediatria.Resumen
Raquel Malta Fontenele
Gesiane Louredo
Mariana Vairão Brum
Marisa Peter
Palavras-chave: Osteogênese Imperfeita. Enfermagem. Pediatria.
INTRODUCAO: A osteogênese imperfeita (OI) caracteriza-se por um grupo de doenças hereditárias causadas por alteração do tecido conjuntivo. Uma deficiência do colágeno (proteína que dá consistência e resistência, principalmente ao osso, mas também à pele, veias e outros tecidos do corpo) do organismo é a responsável pelas características da doença. Têm como manifestações clinicas: osteoporose generalizada, alterações dentárias, perda da acuidade auditiva, escleróticas azuladas, baixa estatura e anomalias cardiopulmonares. Não há nenhuma distribuição preferencial de OI por gênero, raça ou origem étnica, sendo sua incidência de um por 20.000 a 50.000 nascimentos. As múltiplas fraturas ocorridas no decorrer da vida levam a várias internações e, por muitas vezes, tratamento ortopédico-cirúrgico. O diagnóstico habitualmente é feito mediante a história clínica, o aspecto ao exame físico e constatações radiográficas, não existindo exame complementar de uso prático que seja específico para a confirmação da doença. A fragilidade óssea é um sinal indicativo da patologia citada, sendo que as fraturas muitas vezes podem ser reconhecidas antes mesmo do nascimento. As fraturas intra-uterinas podem ser detectadas por meio de ultra-sonografia fetal, já no primeiro trimestre da gestação, segundo Santilia et al (2010).
OBJETIVO: A pesquisa tem como objetivo promover uma discussão sobre as ações de enfermagem a fim de melhorar a assistência prestada ao paciente portador da síndrome, assim como levar aos profissionais o conhecimento da OI; Identificar os principais diagnósticos de enfermagem, baseado nos diagnósticos de enfermagem da NANDA cabíveis a este cliente; e elaborar uma prescrição de enfermagem de acordo com as necessidades do paciente deste estudo.
METODOLOGIA: Trata – se de um estudo de caso, que segundo GIL (1994), é uma pesquisa profunda de um objeto, de maneira a permitir conhecimento amplo ou detalhado do mesmo. Já para POLIT & HUNGLER (1995), trata-se de uma modalidade de investigação que analisa de forma aprofundada determinado indivíduo, grupo ou elemento social. O cenário do estudo foi o setor de internação pediátrica em um hospital de referência em traumatologia e ortopedia, na cidade do Rio de Janeiro, no mês de maio de 2010. Os diagnósticos de enfermagem foram baseados conforme NANDA (2007/2008). A partir de experiência vivenciada no atendimento a um paciente portador, no setor pediátrico de um hospital de referência em traumatologia e ortopedia, na cidade do Rio de Janeiro, no mês de abril de 2010. Foi realizado assistência de enfermagem, com intervenções de enfermagem no tratamento ortopédico-cirúrgico.
RESULTADOS: O paciente foi uma criança, sexo masculino, com quatro anos de idade, que internou neste hospital para a realização de um tratamento cirúrgico ortopédico de fratura de fêmur, doença esta que é uma complicação de sua patologia. Devido a tantos cuidados que esta a osteogênese exige, esta criança já realizou outras cirurgias, devido a fragilidade de seus ossos. Os principais diagnósticos encontrados foram: Deambulação prejudicada, devido à ao tratamento cirúrgico proposto; Dor, devido ao procedimento cirúrgico; Risco de Infecção, devido patologia de base; Risco para comportamento infantil desorganizado, devido à dor e problemas congênitos devido sua patologia de base. As prescrições de enfermagem elaboradas pra esta criança foram: registrar sinais vitais com horário padrão, conforme prescrição, observar fáceis de dor; registrar aceitação da dieta; registrar eliminações vesico – intestinais; manter grade do leito elevada; estimular atividades lúdicas, observar o curativo cirúrgico quanto a sangramento; observar sinais compressivos exercidos pelo gesso; realizar higiene corporal uma vez ao dia.
CONCLUSÃO: Este estudo valeu-se de grande aprendizado, pois trouxe conhecimentos novos sobre uma doença não muito conhecida, instigando a curiosidade e estímulo para aprofundamento do assunto, abrindo uma discussão entre a equipe de enfermagem. Colocamos em prática a assistência de enfermagem, elaborando diagnósticos e prescrições de enfermagem, mostrando a importância do enfermeiro na elaboração das etapas da sistematização. Após o tratamento cirúrgico acompanhado o paciente teve alta hospitalar, com gesso cruro-podalico em membro inferior esquerdo, em bom estado e com as prescrições de alta por escrito.
REFERÊNCIAS:
Associação Brasileira de Osteogenesis Imperfecta. Disponível em: www.aboi.org.br. Acessos em 20 de agosto de 2010.
DONAHOO & DIMON. Enfermagem em Ortopedia e Traumatologia. Editora Pedagógica e Universitária Ltda. 1997.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994.
NANDA. Diagnósticos de Enfermagem: Definições e Classificação. Ed: Artmed. 2007-2008.
POLIT, D. F; HUNGLER, B. P. Fundamentos da pesquisa em enfermagem. 3 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
RICHARDS, B. Stephens. Atualização em Conhecimentos Ortopédicos: Pediatria. São Paulo: Editora Atheneu, 2002.
SANTILI, Cláudio et al . Avaliação clínica, radiográfica e laboratorial de pacientes com osteogênese imperfeita. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 51, n. 4, ago. 2005 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302005000400018&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 26 ago. 2010. doi: 10.1590/S0104-42302005000400018.
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