LYDIA DAS DORES MATTA, SUA TRAJETÓRIA COMO DIRETORA DA ESCOLA DE ENFERMAGEM ALFREDO PINTO (1956-1961)
DOI:
https://doi.org/10.9789/2175-5361.2010.v0i0.%25pPalabras clave:
Enfermagem, História da Enfermagem, BiografiaResumen
INTRODUÇÃO: A Escola de Enfermagem Alfredo Pinto - EEAP, antes, Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras – EPEE, até o ano de 1942 foi dirigida por médicos. A partir de 1943, a direção passou às mãos de uma enfermeira, Maria de Castro Pamphiro. Tal medida veio abrir novos horizontes para a instituição, possibilitando maior aproximação aos requisitos legais, consignando assim a legitimidade do seu funcionamento. De 1957 ao início de 1961, dirigiu a Escola a enfermeira Lydia das Dores Matta, que procurou com seu dinamismo atender os dispositivos da Lei 775/1949, que regulamentava o ensino de Enfermagem no Brasil. Com o fito de tentar estudar essa diretora da EEAP, é que traçamos esse projeto que tem como objeto, a direção de Lydia das Dores Matta. OBJETIVOS: Caracterizar Lydia das Dores Matta, analisar suas principais ações como diretora e comentar as implicações de sua direção na Escola de Enfermagem Alfredo Pinto. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa qualitativa com abordagem sócio-histórica, que utiliza a análise documental e a biografia como técnica de pesquisa, já que através desta obtemos conhecimento tanto sobre uma pessoa, quanto sobre sua época, tendo uma visão sobre a sociedade, é fonte de conhecimento do ser humano e pode favorecer para a construção de uma identidade. Tem como fontes documentos oficiais, periódicos e fotografias, literatura existente sobre o objeto de estudo, sobre a História da Enfermagem e sobre a História do Brasil. A análise dos dados esta sendo feita através de uma matriz, onde estão dispostos, para posterior análise a luz do teórico que melhor se adapte ao estudo, em vista de atender os objetivos da pesquisa. RESULTADOS PARCIAS: Em 7 de Março de 1956, o Presidente Juscelino Kubitschek decretou a substituição de Jurandyr Manfredini, até então diretor do Serviço Nacional de Doenças Mentais (SNDM), pelo médico Lysãnias Marcellino da Silva na direção do SNDM. Este diretor, a fim de atingir sua proposta inovadora para o SNDM, modificou toda estrutura de poder administrativo do mesmo, começando com as substituições dos diretores dos órgãos a quem o Serviço Nacional de Doenças Mentais estava subordinado. Na Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, em 17 de Outubro de 1956, ocorreu a substituição de Maria de Castro Pamphiro do cargo de diretora, por Lydia das Dores Matta. Lydia nasceu em 5 de Agosto de 1916 em Manaus, Amazonas. Seu pai era Carlos Nunes do S. Matta e sua mãe Zeferina das Dores Matta. Em sua formação secundária, foi professora do Instituto de Educação de Manaus. Ingressou na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP) em 20 de Março de 1944. Sua formação ocorreu na Classe de 1947, sendo a data de sua formatura em 7 de Junho de 1947. Foi também diretora da Escola de Enfermagem Magalhães Barata no Pará. Foi a primeira enfermeira a trabalhar no cargo PL-7 do quadro da Secretaria do Senado Federal. No ano de 1967, colaborou nos trabalhos de construção da ABEn de Brasília. Foi integrante da subcomissão de registro do XIX Congresso Brasileiro de Enfermagem. Aposentou-se em 5 de Abril de 1967. O restante desta historia será descrita com o desenvolvimento desta pesquisa. CONCLUSÃO: Sua vinda para a Escola de Enfermagem Alfredo Pinto significou a aproximação das relações entre EEAP e EEUSP, escola caracterizada como modelo de ensino de enfermagem, mais próxima dos anseios e das prescrições da Fundação Rockfeller e ao mesmo tempo, fora da área de influência da Escola de Enfermagem Anna Nery. Por possuir um capital cultural originado na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, a nova diretora pertencia a um grupo de elite em ascensão, e mantinha relações com novos grupos de agentes com interesses e visões de mundo diferentes daquelas que antes eram legitimadas no espaço social da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto. Em sua rede de relações estava incluída Edith Magalhães Fraenkel, primeira diretora enfermeira da EEUSP, personagem de grande influência para o desenvolvimento da enfermagem moderna brasileira.
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