CAPACITAÇÃO DE PRECEPTORESDE ENFERMAGEM: ESTRATÉGIA PARA MUDANÇA NA FORMAÇÃO EM SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.9789/2175-5361.2010.v0i0.%25pResumen
INTRODUÇÃO: A formação em saúde se dá pelas relações concretas que operam realidades e que possibilita construir espaços coletivos para refletir e avaliar os atos produzidos no cotidiano. Nesse sentido, enquanto docentes envolvidas com o Curso de Pós-Graduação para Enfermeiros nos moldes de Residência da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), sentimos a necessidade de implementar uma estratégia para a capacitação de enfermeiros preceptores. Essa modalidade de Pós-Graduação, com duração de dois anos, em convênio com o Ministério da Saúde, possui 5.400h, já formou ao longo de seus quatorze anos mais de 1000 especialistas para o Sistema Único de Saúde (SUS).
OBJETIVOS: Descrever a experiência de um curso de capacitação para preceptores; discutir como a capacitação dos preceptores reflete na formação dos jovens profissionais para o SUS.
MÉTODOS: Após um levantamento das necessidades dos enfermeiros preceptores, evidenciamos que os mesmos desconheciam seu papel de preceptor, suas atribuições e principalmente sua importância para a formação dos jovens profissionais para o SUS. Com o objetivo de capacitar esses preceptores e envolvê-los no processo de formação continuada e treinamento em serviço, docentes e Coordenadores do Curso elaboraram uma capacitação com uma carga horária de sessenta horas, promovendo discussões sobre a importância da residência, o papel do preceptor, a pós-graduação (ensino, serviço, pesquisa e extensão), a educação permanente, resiliência, metodologia aplicada aos projetos para o serviço e propostas de extensão e pesquisa desenvolvidas em parceria preceptor e residente.
RESULTADOS: Um total de 150 enfermeiros preceptores dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro já foram capacitados, gerando mais de quarenta propostas para o serviço. No primeiro semestre de 2009 realizamos o primeiro seminário de acolhimento para enfermeiros residentes da UNIRIO e preceptores da rede Federal de Saúde. Entendemos que esta abordagem seja uma potente estratégia para desfazer dicotomias persistentes como ensino/serviço. Nessa perspectiva, ensino e serviço são efetivamente parceiros e potenciais agentes para a transformação de um modelo hegemônico e unidirecional de formação em saúde incompatível com as necessidades da população.
CONCLUSÃO: O compromisso com a formação do enfermeiro e a Educação Permanente deve estar presente e orientar os processos educacionais na formação para o Sistema Único de Saúde. Destaca-se a ênfase na aprendizagem em situação de trabalho onde aprender e ensinar se façam parte do cotidiano e sejam propostas construídas coletivamente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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BOFF, L. Ética da vida. Belo Horizonte: Sextante, 2003.3-
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